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Após 30 anos, China avalia relaxamento da política do filho único

Com a redução demográfica, país enfrenta crescente diminuição da mão de obra e uma maior disparidade no número de homens e mulheres

Por Da Redação
8 mar 2011, 10h49

O Governo chinês analisa a possibilidade de relaxar a controvertida Política do Filho Único, implantada há 30 anos, para enfrentar problemas de pressão demográfica, como o envelhecimento da população, informou o Comitê de Recursos Populacionais. O tema será discutido nesta semana em Pequim, durante o Congresso Nacional do Povo, que analisa propostas governamentais para o período de 2011 a 2015.

Cinco províncias avaliam permitir um segundo herdeiro, caso um dos pais seja filho único, disse o delegado Li Jichun ao jornal South China Morning Post. Atualmente, o segundo filho só é possível quando os dois progenitores não têm irmãos. Propostas similares já haviam sido apresentadas em 2007, mas foram rechaçadas por temores a um aumento excessivo da população ativa que poderia não vir a ser absorvida pelo mercado de trabalho.

A questão do envelhecimento, no entanto, trouxe o assunto novamente à tona. Atualmente, 8,5% da população chinesa têm mais de 65 anos, mas caso a tendência atual seja mantida, esta porcentagem poderia ser dobrada em 2030 (17,5%). Entre os principais problemas que a China vêm enfrentando com a Política do Filho Único estão a crescente falta de mão de obra e a desproporção entre o número de homens e mulheres.

Redução populacional – A Política do Filho Único foi implantada no final de 1970 para frear a superpopulação na China. Segundo as estatísticas governamentais, a decisão conseguiu reduzir o crescimento demográfico anual de 1,35 milhão de novos habitantes por ano em 1980, para os 630.000 atuais. Os partidários do relaxamento da política também alegam motivos sociológicos, já que o excesso de filhos únicos nas cidades chinesas criou as chamadas “gerações de imperadores”, com indivíduos cada vez mais egoístas e caprichosos.

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Há ainda pressões vindas do exterior. O legislador americano Chris Smith pediu nesta segunda-feira que a ONU condene a Política do Filho Único, já que durante décadas ela causou indiretamente violações de direitos humanos tais como esterilizações e abortos forçados.

(Com agência EFE)

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