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Ameaça do Paraguai não preocupa, diz diretor de Itaipu

Jorge Samek minimizou as declarações do presidente Federico Franco, que afirmou não pretender mais fornecer energia barata a Argentina e Brasil

Por Da Redação
9 ago 2012, 01h54

O diretor brasileiro da hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek, minimizou nesta quarta-feira as declarações do presidente do Paraguai, Federico Franco, que afirmou não pretender mais fornecer energia barata a seus vizinhos Argentina e Brasil, com os quais divide a operação de duas hidrelétricas – Itaipu com os brasileiros e Yacyretá com os argentinos. “Não estou preocupado, pois Itaipu tem um contrato e um tratado que estabelecem claramente as formas de compra e de funcionamento, no qual eles (os paraguaios) compram a energia necessária e o que não consomem é comprado pelo Brasil”, assinalou Samek.

Segundo Federico Franco, que assumiu a Presidência paraguaia há pouco mais de um mês substituindo o destituído Fernando Lugo, seu governo não vai mais “ceder” energia excedente ao Brasil e pretende levar adiante uma política que estimule o uso dessa energia no próprio país, ignorando parcerias firmadas anteriormente.

Decisão – Em discurso nesta quarta-feira, Franco afirmou que “a decisão do governo (paraguaio) é clara e não continuaremos cedendo nossa energia”. O presidente paraguaio ainda ressaltou: “Notem que usei a palavra ‘ceder’, porque o que estamos fazendo é dar energia ao Brasil e à Argentina, pois não a estamos vendendo”.

Sócio do Brasil em Itaipu, o Paraguai fornece a maior parte da produção de energia ao país vizinho por preços considerados menores em relação aos praticados no mercado. Os valores definidos nos acordos bilaterais, porém, já subiram bastante no início do governo deposto de Lugo – o preço pago pelo Brasil pela eletricidade triplicou e ainda ficou acertada a construção de uma linha de transmissão de 500 quilovolts entre Itaipu e Assunção, o que aumentará o uso da energia da usina no Paraguai.

Ao comentar as declarções do chefe de estado paraguaio, o diretor brasileiro da hidrelétrica afirmou que na semana passada se reuniu com Franco durante uma visita do governante a Itaipu. Na ocasião, o paraguaio assegurou que “tudo estava normal”, segundo Jorge Samek. “É claro que, se eles consomem mais, haverá menos energia para o Brasil, mas para isso se requer a instalação de novas indústrias e fatores que levem a um maior consumo (no Paraguai). Tudo isso está muito bem explicado no contrato”, avaliou o brasileiro.

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Usina – Construída e administrada em parceria por Brasil e Paraguai, a hidrelétrica de Itaipu possui uma potência instalada de 14.00 megawatts e fornece 19% da energia consumida no Brasil e 91% da utilizada no Paraguai. O Tratado de Itaipu, assinado em 1973, estabelece que cada país tem direito a metade da energia gerada pela usina. Como aproveita apenas 5% do que tem direito, o Paraguai vende o restante da sua cota ao Brasil.

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(Com agência EFE)

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