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Mundo

Novo presidente paraguaio tenta aproximar-se do Brasil

Federico Franco promete respeitar contratos relativos à usina de Itaipu e tratamento preferencial aos brasileiros que vivem no país

Por Da Redação
23 jun 2012, 14h07

**1/35** O novo presidente paraguaio Federico Franco após ser juramentado em Assunção *(Jorge Adorno/Reuters/VEJA)*

**2/35** Cerimônia que oficializa Federico Franco como novo presidente paraguaio *(Gustavo Segovia/AFP/VEJA)*

**3/35** Discurso de Fernando Lugo após ser deposto em Assunção *(Marcos Brindicci/Reuters/VEJA)*

**4/35** O vice presidente paraguaio Federico Franco após ser declarada a sentença de deposição do presidente Lugo *(Mario Valdez/Reuters/VEJA)*

**5/35** Presidente Fernando Lugo em Bogotá, em 2012 *(Guillermo Legaria/AFP/VEJA)*

**6/35** O vice presidente paraguaio Federico Franco discursa após impeachment *(AFP/VEJA)*

**7/35** O presidente paraguaio Fernando Lugo discursa após impeachment *(AFP/VEJA)*

**8/35** Paraguai: Fernando Lugo ao lado do vice, Federico Franco (à esq.) *(Jorge Adorno/Reuters/VEJA)*

**10/35** O presidente paraguaio Fernando Lugo chega para o discurso impeachment *(Marcos Brindicci/Reuters/VEJA)*

**11/35** O presidente paraguaio Fernando Lugo chega para discurso após impeachment *(Marcos Brindicci/Reuters/VEJA)*

**12/35** Policiais dispersam com jato dàgua partidários do presidente deposto Fernando Lugo, no Paraguai *(Noberto Duarte/AFP/VEJA)*

**13/35** Policiais dispersam partidários do presidente deposto Fernando Lugo, no Paraguai *(AFP/VEJA)*

**14/35** Paraguai: senado vota impeachment de Lugo *(Mario Valdez/Reuters/VEJA)*

**15/35** Equipe de defesa de Fernando Lugo no Senado paraguaio *(Andrés Cristaldo/EFE/VEJA)*

**16/35** Fernando Lugo chega a casa do governo antes de ser julgado em processo de impeachment no Paraguai *(jorge Romero/AFP/VEJA)*

**17/35** O presidente Fernando Lugo em coletiva de imprensa em Assunção, Paraguai *(Norberto Duarte/AFP/VEJA)*

**18/35** Paraguai: apoiadores de Lugo protestaram em frente ao Congresso onde senadores decidiam futuro do presidente *(Mario Valdez/Reuters/VEJA)*

**19/35** Presidente Lugo, Antonio Patriota e o venezuelano Nikolas Maduro durante reunião com os ministros de relações exteriores da América do Sul *(Norberto Duarte/AFP/VEJA)*

**20/35** Fernando Lugo, presidente do Paraguai *(Jorge Adorno/Reuters/VEJA)*

**21/35** "Não é o momento de um impeachment, faltam nove meses para as próximas eleições”, disse Lugo *(Jorge Adorno/Reuters/VEJA)*

**22/35** Paraguaios protestam contra processo político de Fernando Lugo *(Marcos Brindicci/REUTERS/VEJA)*

**23/35** Lugo: em mensagem à nação, presidente disse que não vai renunciar e pediu julgamento justo *(Lucas Nunez/Reuters/VEJA)*

**24/35** Presidente paraguaio Fernando Lugo deixa o palácio presidencial em Assunção *(Jorge Romero/AFP/VEJA)*

**25/35** Campesinos protestam em apoio a Lugo em Assunção *(Mario Valdez/Reuters/VEJA)*

**26/35** Fernando Lugo: presidente paraguaio é acusado de mau desempenho de suas funções *(Jorge Saenz/AP/VEJA)*

**27/35** Lugo recebe a visita de Lula no Hospital Sírio-Libanês *(Reuters/VEJA)*

**28/35** Chávez se reuniu com presidentes do Uruguai, Jose Mujica; da Bolívia, Evo Morales e do Paraguai, Fernando Lugo, no Palácio de Miraflores *(Juan Barreto/AFP/VEJA)*

**29/35** Fernando Lugo e o presidente George W. Bush em 2008 *(Saul Loeb/AFP/VEJA)*

**30/35** Dilma Rousseff e Fernando Lugo durante reunião com as delegações brasileira e paraguaia em Assunção, Paraguai *(Roberto Stuckert Filho/PR/VEJA)*

**31/35** Fernando Lugo após ser juramentado como presidente do Paraguai em 2008 *(Ivan Alvarado/Reuters/VEJA)*

**32/35** Fernando Lugo durante sua campanha eleitoral para presidente em 2008 *(Juan Mabromata/AFP/VEJA)*

**33/35** Fernando Lugo, com alhos no pescoço, durante sua campanha eleitoral para presidente em 2008 *(Norberto Duarte/AFP/VEJA)*

**34/35** Fernando Lugo durante sua campanha eleitoral para presidente em 2007 *(Norberto Duarte/AFP/VEJA)*

**35/35** Fernando Lugo, bispo na época, celebra missa católica no Paraguai antes de renunciar para entrar na carreira política *(Reuters/VEJA)*

O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, falou à imprensa neste sábado, na sede do governo paraguaio, um dia depois de assumir o posto devido ao impeachment de Fernando Lugo. Ele revelou a intenção de se aproximar das nações vizinhas para que seu governo seja reconhecido. Sobre o Brasil especificamente, prometeu respeitar os contratos relativos à usina hidrelétrica binacional de Itaipu e tratamento preferenciais aos brasileiros que vivem no Paraguai.

Lugo é cassado e deixa a Presidência

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Tema em foco: O impeachment no Paraguai

“A monumental Itaipu é a mostra mais clara de amizada entre nossos povos. Vamos cumprir todos os compromissos internacionais. Assumiremos dúvidas e trataremos de ainda mais os laços de união entre os povos latino-americanos, em particular entre Brasil e Paraguai”, disse. E emendou, sobre a questão dos brasileiros que vivem na nação vizinha. “Paraguai e Brasil devem ter uma relação harmônica. Os cidadãos brasileiros radicados no país, como sempre, terão trato preferencial”, disse. Questionado sobre a possibilidade de o Brasil aplicar sanções comerciais ao Paraguai, Franco mostrou tranquilidade. “Não há por que forçar uma situação. Os mais afetados seriam os próprios empresários brasileiros.”

O novo mandatário incumbiu seu novo ministro de Relações Exteriores, José José Félix Fernández Estigarribia, de fazer contato com as nações da região para explicar a situação do país. “Ele mostrará não apenas com palavras, mas também com fatos, nossa vocação democrática a favor do respeito ao estado de direito e à liberdade”, disse Franco. Ele prometeu anunciar nomes que irão compor seu gabinete na próxima segunda-feira.

Cinco acusações contra Lugo

A comissão de acusação apresentou documento com cinco argumentos contra o presidente:

1. Massacre de Curuguaty

2. Protesto de grupos socialistas na sede das Forças Armadas, com a aprovação de Lugo – considerado um desrespeito à ordem nacional

3. Assinatura arbitrária de um controverso protocolo, o que foi visto pelos opositores como um atentado à soberania da República

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4. Incapacidade do presidente em conter a insegurança que assola o país

5. Instabilidade causada no campo, especialmente em Ñacunday, devido às invasões de terras – que teriam sido facilitadas por Lugo

Kirchner, Chávez… – Em seu segundo dia de governo, Franco voltou a negar que sua ascensão à Presidência tenha se dado por meio de um golpe de estado. Apesar disso, ele reconheceu que a transição política ocorreu “um pouquinho rápido”. “Aqui, não há militares nas ruas. Até a Igreja, de forma unânime, apoiou minha posse, assim como os partidos políticos”, disse o novo governante.

Ele lembrou ainda que que o processo de impeachment de Lugo, iniciado na Câmara e encerrada no Senado, teve adesão maciça do Congresso. “Estou tranquilo. Vamos organizar a casa e entrar em contato com os países vizinhos no momento oportuno. Tenho certeza de que compreenderão a situação”, disse.

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Franco também comentou o fato de a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) não reconhecer o novo governo paraguaio. Disse que só irá se pronunciar formalmente a respeito quando for oficialmente comunicado sobre a posição do órgão internacional. “Somos um país soberano e livre, e os companheiros da Unasul entenderão a situação”, disse.

A Unasul chegou a colocar em xeque a permanência do Paraguai no Mercosul, sobretudo após a contundente crítica da presidente argentina Cristina Kirchner. “Ofereço meus serviços, meu tempo e minha inteligência para tratar desse tema com os países vizinhos. Estou aqui hoje após um processo completamente constitucional”, disse Franco na noite desta sexta-feira, em entrevista ao serviço espanhol da rede de TV americana CNN. E emendou, comentando críticas do presidente da Venezuela, Hugo Chávez: “Neste momento, não importa que o presidente Chávez não reconheça. Eu tenho um compromisso com o povo do meu país.”