Erro na Eurocopa define chegada da tecnologia ao futebol
Blatter enfim cedeu: 'Isso não é mais uma possibilidade, é uma necessidade'
A partida de terça decretou o fracasso da última tentativa da Fifa antes de usar os recursos eletrônicos: colocar auxiliares posicionados na linha de fundo
Depois de décadas de discussão e dezenas de lances polêmicos e decisivos, o futebol enfim abriu as portas para a tecnologia auxiliar a arbitragem. Na manhã desta quarta-feira, um dia depois de nova jogada controversa numa partida internacional, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, enfim cedeu e deu seu aval definitivo à adoção de recursos tecnológicos no campo. “Depois do jogo de ontem, a tecnologia da linha do gol não é mais uma possibilidade, é uma necessidade”, anunciou Blatter, via Twitter, fazendo referência ao gol não marcado do ucraniano Devic no jogo contra a Inglaterra, pela Eurocopa.
A partida decretou o fracasso da última tentativa da Fifa antes de usar os recursos eletrônicos: colocar auxiliares posicionados na linha de fundo. A experiência foi iniciada depois da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, quando a Inglaterra marcou um gol legítimo mas a arbitragem não validou o lance. O chute de Lampard atingiu o travessão e caiu dentro do gol, mas o trio que mediava a partida não enxergou o lance – e a Inglaterra acabou fora da Copa. Desde então, mais 2 auxiliares passaram a trabalhar em campo, olhando a linha, mas nem mesmo essa novidade foi capaz de resolver o problema.
No jogo de terça, em Donetsk, a Ucrânia perdia por 1 a 0 dos ingleses quando o chute de Devic foi cortado pelo zagueiro Terry. O assistente de linha estava muito perto do lance, mas não deu o gol, apesar de a imagem da TV mostrar claramente que a bola ultrapassou a linha. A Inglaterra venceu o jogo por 1 a 0 e avançou para as quartas de final da Eurocopa como primeira colocada do grupo. A Ucrânia, uma das anfitriãs do torneio, foi eliminada. A International Board, que define as regras do futebol, debaterá o uso da tecnologia na linha do gol em 5 de julho. A aprovação agora é dada como certa.
(Com agência France-Presse)