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Crise esfria agenda de shows internacionais e põe produtores em compasso de espera

Próximo ano será de negociações, cautela e adaptações ao cenário de recessão e dolár caro

Por Da Redação
11 nov 2015, 20h17

Se olharmos para o retrovisor, até que 2015 não foi um ano ruim para atrações musicais internacionais. Apesar da crise econômica e da alta na cotação do dólar frente ao real, dois grandes eventos tradicionais de rock aconteceram no país – Rock in Rio e Monsters of Rock. Mas o que esperar para 2016? Será que a recessão vai afetar a agenda de shows para o período?

Embora já estejam garantidas grandes atrações, do porte de Iron Maiden e Rolling Stones, os produtores estão cautelosos com relação aos compromissos ainda não confirmados para o próximo ano. “O país vinha em uma escala crescente neste segmento, mas com a alta do dólar os produtores ficaram mais criteriosos com os custos e investimentos. Corremos o risco de diminuir a possibilidade de estarmos na rota de grandes turnês”, afirma um porta-voz, que prefere não se identificar, do grupo Tom Brasil, dono das casas Tom Jazz e Tom Brasil.

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Os produtores avaliam que o próximo ano será de negociações, cautela e adaptações. “O momento atual sugere negociações para redução de custos. Essa é uma maneira de encontrar equilíbrio entre produtora, artistas e público”, diz Carlos Konrath, presidente da Opus Promoções, a maior administradora de teatros do Brasil, dentre eles o Teatro Bradesco, em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Na opinião de Manoel Poladian, que atua no segmento há mais de 50 anos e já trouxe ao Brasil artistas como James Taylor, Liza Minelli, David Bowie, Sting e Charles Aznavour, o momento exige adaptações. “Já passamos por muitas crises. A oscilação do dólar afeta a agenda, mas não impacta a vinda de grandes atrações internacionais, e sim no volume de espetáculos, pois reduz temporariamente a quantidade de público consumidor”.

Grandes atrações – Até agora, foram divulgados oficialmente os shows das bandas Iron Maiden e Rolling Stones, além de mais uma edição do Lollapalooza e, pelo segundo ano consecutivo, o festival de música eletrônica Tomorrowland Brasil, em abril, em Itu, no interior de São Paulo.

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Em março, a banda de pop rock Maroon 5 está confirmada no Brasil, além dos canadenses do Magic, que virão em janeiro, para apresentações nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Curitiba. Há ainda a expectativa, ainda não oficialmente confirmada, de algumas atrações internacionais de porte para 2016, entre elas a cantora londrina Adele e a banda Coldplay.

“Não cancelamos nenhum show, mas tivemos que adaptar as novas possibilidades para realizar os shows internacionais, tentando negociar com nossos parceiros e entender suas necessidades para manter a frequência e qualidade da nossa programação”, revela o porta-voz da Tom Brasil. A Opus Promoções também disse que não cancelou apresentações confirmadas, mas teve que abrir mão de algumas negociações em função do cenário negativo.

A Poladian Produções fez sua agenda de shows em 2015 de acordo com suas possibilidades e do público esperado. “Nossos shows, em virtude de nossa larga experiência e tradição, foram programados e realizados dentro das oportunidades do mercado, tendo sido contratados apenas eventos viáveis neste mercado de crise”, explica Poladian.

Tanto a Opus Promoções quanto a Poladian Produções disseram que ainda não fecharam os shows para o próximo ano, alegando que estão em fase de negociações diante do cenário negativo. O Grupo Tom Brasil, que não fechou sua grade de shows internacionais, tem confirmado as bandas Magic e Marillion. Para o público ansioso por atrações internacionais o que resta é aguardar a divulgação dos próximos shows e torcer para que sua banda ou artista favorito esteja na mira desses produtores musicais.

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(Com Estadão Conteúdo)

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