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Para ser líder, não bastam boas ideias. É preciso ação

Cinquenta semifinalistas do prêmio participam de oficina em São Paulo nesta segunda. E os palestrantes deixam claro: para mudar, é preciso ideias factíveis

Por Renata Honorato e Lectícia Maggi
23 jul 2012, 13h33

Os 50 finalistas do Prêmio Jovens Inspiradores, parceria entre VEJA.com e a Fundação Estudar, estão reunidos em São Paulo nesta segunda-feira para um ciclo de palestras. Pela manhã, falaram ao grupo Viviane Senna, presidente da Fundação Ayrton Senna, Vicente Falconi, engenheiro e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a ex-candidata à Presidência Marina Silva. Entre os palestrantes, uma ideia ficou clara: não bastam boas ideias para quem quer mudar o mundo. É preciso que as iniciativas sejam factíveis.

Viviane, a única brasileira a integrar o grupo “Amigos Adultos do Prêmio das Crianças do Mundo”, foi a primeira palestrante a compartilhar suas experiências com os semifinalistas. Ela destacou como o acesso à educação é falho e dividiu o país em duas metades distintas, o “Brasil-Canadá” e o “Brasil-Argélia”, para ilustrar a gritante diferença social no país. Para Viviane, competência e capacidade de gestão são qualidades imprescindíveis para quem busca ajudar outras pessoas. “As boas intenções são apenas a linha de largada. O resultado é o que importa”, destacou a palestrante.

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A presidente da Fundação Ayrton Senna disse ainda estar emocionada em ver uma “moçada tão entusiasmada e envolvida com o bem coletivo”, e afirmou: “Nossa grande tarefa é fazer do país um lugar onde caibam todos os brasileiros e não apenas uma minoria.” Ainda de acordo com Viviane, transformar uma boa ideia em um projeto eficiente não é fácil e exige muita dedicação. “É preciso adotar uma postura de muita persistência”, ressaltou a executiva ao site de VEJA.

O engenheiro e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Vicente Falconi, fez uma breve apresentação e optou por responder a perguntas dos semifinalistas no tempo restante de sua palestra. Responsável pela área de “desafios empresariais” do projeto, Falconi afirmou que as pessoas ainda empreendem pouco no país por medo do novo. “Inovar é enfrentar o desconhecido e buscar soluções onde não existe. Você inova quando foca em resultados”, afirmou.

A terceira e última palestrante do dia foi Marina Silva. Com um currículo que inclui cargos como vereadora, deputada estadual, senadora, ministra e ex-candidata à Presidência da República, Marina foi a responsável por falar aos jovens sobre desafios políticos. A política utilizou sua própria história para abordar o tema, narrando episódios desde a infância sofrida e a alfabetização tardia – aos 16 anos por meio de um curso supletivo – até o período em que comandou o Ministério do Meio Ambiente (2003-2008), durante o governo Lula.

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Como os outros palestrantes, Marina Silva reforçou em entrevista ao site de VEJA a importância de se passar do campo das boas ideias para o da ação efetiva. “Se não tivermos uma juventude 100% pragmática e razoável, a sociedade entra em processo de estagnação e é o fim”, diz a ex-senadora, que se autointitula uma “mantenedora de utopias”. “O sonho precisa de esforço para ser realizado. Precisamos acreditar, mas acreditar criando”, disse.

Marina ressaltou também a importância do prêmio como estímulo para que os jovens possam ampliar e multiplicar os seus talentos. Os cinquenta selecionados, segundo ela, chegaram a uma posição privilegiada e não podem se acomodar: “Há muitas portas de saída agora. É importante estar atento a elas e não se deixar encurralar, sobretudo pela ideia de que ‘talvez eu já esteja pronto, já cheguei onde gostaria'”. A ex-candidata à Presidência ainda ressaltou: “Estamos no começo em todas as fases da vida. Sempre há espaço de aprendizagem e de ensino.”

Leia também:

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‘Os jovens querem ser protagonistas da mudança’

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No lugar das grandes causas, microrrevoluções

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Teoria e prática com Gustavo Ioschpe

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