Alesp vai abrir CPI para investigar crimes na Medicina da USP
O deputado estadual Adriano Diogo (PT) reuniu as 32 assinaturas necessárias para instaurar a CPI, que deve começar as investigações em dezembro
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) vai abrir CPI para investigar denúncias de crimes dentro da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O deputado estadual Adriano Diogo (PT) informou no início da tarde dessa terça-feira, dia 25, ao site de VEJA que conseguiu reunir as 32 assinaturas necessárias para instaurar a CPI. Ele preside a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais na Alesp.
A CPI vai investigar a suspeita de omissão da diretoria da Faculdade de Medicina da USP e, segundo Diogo, deve ser instaurada ainda este mês. “O objetivo é iniciar as investigações em dezembro”, afirmou o deputado.
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Uma nova audiência na Assembleia Legislativa está marcada para esta terça-feira. Entre os convidados para prestar depoimento estão representantes dos alunos da FMUSP e da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, que recebeu denúncias de dois casos de estupro – um teria ocorrido no início de 2013 em uma república, e o outro, no segundo semestre deste ano, dentro do campus. Outros oito casos de estupros no campus da capital paulista da Faculdade de Medicina são investigados pelo Ministério Público Estadual.
Protesto – Um grupo de alunas da Medicina da USP se reuniu na tarde desta terça-feira em frente à faculdade, na Avenida Doutor Arnaldo, na zona oeste de São Paulo, para protestar contra a violência. Vestindo camisetas roxas em uma referência ao dia internacional do combate à violência contra a mulher, celebrado em 25 de novembro, elas penduraram cartazes no portão da instituição.