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Ajuste fiscal trava concessão de bolsas para pós-graduação

O programa de bolsas de estudo para doutorado no exterior está suspenso desde abril

Por Da Redação
16 Maio 2015, 10h51

Sem definição orçamentária por causa do ajuste fiscal do governo federal, a concessão de bolsas para o Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) está suspensa temporariamente desde abril. O programa permite ao aluno de pós-graduação fazer parte da pesquisa em uma universidade estrangeira. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável pela concessão das bolsas, a análise dos pedidos voltará a ser feita após a definição do orçamento, o que deve ocorrer na próxima semana. O órgão orientou os alunos a aguardar.

A Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) estima que ao menos 50 alunos já tenham perdido prazos por causa da suspensão. A concessão das bolsas só é autorizada depois que o aluno apresenta, entre outros documentos, a aprovação formal de sua admissão na instituição de destino. Também depende de autorização dos orientadores no Brasil e no exterior. Tamara Naiz, presidente da ANPG, disse que a suspensão surpreendeu os alunos, que em 2014 foram incentivados a tentar estudos fora. “As pessoas foram atrás e se prepararam para conseguir ser aprovadas no programa de doutorado desses países e, agora, estão aflitas, sem saber se vão conseguir fazê-los”.

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Espera – Doutorando em Economia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Saulo Abouchedid foi aprovado para continuar a pesquisa em uma universidade alemã. Ele teme que a bolsa não seja liberada até setembro, quando as aulas começam. “Sem a bolsa, não consigo o visto de permanência no país. Mesmo que eu conseguisse me manter lá por conta própria, não poderia ir.” O valor pago pela Capes é o equivalente a 2.200 reais, na moeda local.

“Não sabemos se o problema é falta de verba, como aconteceu em outros programas de educação, ou se ela apenas ainda não chegou. O pior é a falta de transparência”, afirma Antonio Cerdeira Pilão, doutorando em Antropologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele foi aprovado em uma instituição na Espanha. “Estamos aguardando a definição do orçamento para saber como será ao longo do ano e termos o quadro mais real”, explica Maria José Giannini, vice-presidente do Fórum de Pró-reitores de Pós-graduação e Pesquisa (Foprop).

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A restrição orçamentária também obrigou a Capes a suspender, em abril, uma modalidade de concessão de bolsas extras de doutorado, criada há dois anos. O programa de pós-graduação que conseguisse manter um estudante em estágio fora do País por mais de nove meses ganhava uma bolsa de doutorado adicional, no Brasil.

A agência explicou que essa iniciativa era “excepcional”, para “incentivar a internacionalização” dos programas de pós brasileiros. Não há previsão de retorno da concessão de bolsas nesse formato. A Capes ainda disse que não há atrasos no pagamento de bolsas.

(Com Estadão Conteúdo)

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