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Na TV, premiê grego pede ‘não’ em referendo para obter ‘acordo melhor’

Conselho da Europa critica prazo apertado do referendo: anunciada na sexta, votação acontece no próximo domingo

Por Da Redação
1 jul 2015, 14h41

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, voltou à TV nesta quarta-feira para a pedir aos compatriotas que votem “não” no referendo do próximo domingo sobre as reformas propostas pelos credores do país (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). O objetivo, segundo ele, é permitir que o governo consiga um “acordo melhor”. No pronunciamento, Tsipras disse que não cogita abrir mão do euro, pois o governo tem a “firme” intenção de chegar a um acordo com os parceiros de União Europeia. “O ‘não’ na consulta será um passo decisivo para um acordo melhor”, afirmou Tsipras. O primeiro-ministro afirmou que deseja a todo custo manter o país na zona do euro e que o governo grego “permanece na mesa de negociação, e continuará até o fim”.

Uma vitória do “sim” colocaria em xeque as promessas antiausteridade feitas pelo esquedista Tsipras durante a última campanha eleitoral. Já se ganhar o “não” aumentam as chances de uma saída do país da zona do euro, já que afasta a chegada de um acordo com credores.

Já o Conselho da Europa criticou o prazo apertado do referendo marcado para o próximo domingo – Tsipras anunciou a consulta na sexta-feira pela TV. “É evidente que o prazo é muito curto”, afirmou Daniel Höltgen, porta-voz do secretário-geral do Conselho da Europa, Thorbjoern Jagland. “Com esse prazo, não há possibilidade de organizar a observação internacional do processo”, acrescentou Jagland.

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Nesta tarde, ministros das Finanças da zona do euro analisam os termos da nova proposta de Atenas para obter ajuda financeira. O governo grego confirmou envio na terça-feira aos seus credores de um novo compromisso com uma série de modificações em relação à proposta anterior, acompanhada de uma carta do primeiro-ministro Tsipras.

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“É preciso ser claro: o acordo deve ser imediato”, afirmou nesta quarta-feira o presidente francês, François Hollande. Em Berlim o tom é outro. O ministro das Finanças Wolfgang Schauble pediu que Atenas “esclareça suas posições” antes de eventuais negociações. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que a crise grega não coloca em jogo “o futuro da Europa” e recusou “um compromisso a qualquer preço” com a Grécia.

A proposta de Atenas prevê algumas concessões em troca de um empréstimo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE, o fundo de resgate da Eurozona) de quase 30 bilhões de euros até 2017, para cobrir as necessidades de financiamento do país. Isso constituiria um terceiro plano de ajuda, depois do recebido pela Grécia em 2010 e 2012. Este último chegou ao fim à meia-noite de terça-feira, junto com o vencimento de uma parcela da dívida ao FMI de 1,6 bilhão de euros, que converteu a Grécia na primeira economia avançada a cair em default com a instituição.

(Da redação)

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