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Prazo expira e Grécia dá calote de 1,6 bi de euros no FMI

Com o atraso do pagamento da dívida, Grécia se torna o primeiro país desenvolvido a dar um calote no Fundo Monetário Internacional

Por Da Redação
30 jun 2015, 19h42

Terminou às 19 horas desta terça-feira (meia-noite em Bruxelas, na Bélgica) o prazo para a Grécia pagar a parcela de 1,6 bilhão de euros que devia para o Fundo Monetário Internacional (FMI). Como o pagamento não foi efetuado, o país se tornou a primeira nação desenvolvida a dar um calote no fundo, equiparando-se à situação de países pobres como a Somália e o Sudão. A dívida em aberto deixa a Grécia imediatamente em situação de moratória. Mas, em termos técnicos, o FMI só considera calote o atraso de mais de seis meses do pagamento dos débitos, a partir do dia do vencimento.

A informação foi confirmada pelo próprio FMI, que, por meio de seu porta-voz, Gerry Rice, afirmou que a Grécia só poderá receber empréstimos do fundo quando todos os atrasos forem quitados. Rice confirmou que o governo grego pediu mais cedo uma prorrogação de última hora do pagamento, mas afirmou que a diretoria do fundo irá avaliar a solicitação “no momento apropriado”.

O atraso no pagamento já era esperado desde que o ministro das Finanças do país, Yanis Varoufakis, afirmou na tarde desta terça que não pagaria a dívida. No fim desta tarde, o Eurogrupo também rejeitou mais um pedido de última hora feito pela Grécia para estender o pacote de resgate para depois da meia noite desta terça (19 horas no horário de Brasília). Com isso, a crise na Grécia, que já era profunda, acentua-se ainda mais, uma vez que o país não conta mais com auxílio financeiro externo.

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Ao longo da última semana, reuniões foram feitas entre o Eurogrupo e o governo grego para solucionar o impasse sobre a dívida do país, mas todas as tratativas fracassaram.

Sem chegar a um acordo, o governo comandado pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, convocou um prebliscito para o próximo domingo. Nele, a população deve opinar se aceita ou não as propostas feitas pelos credores para liberarem o pacote de socorro. Entre as medidas, está o corte de salários e de benefícios sociais.

Desde segunda-feira, os bancos estão fechados e transações de cartões de crédito e débito para contas fora da Grécia estão proibidas. As imposições anunciadas no último domingo visam impedir uma corrida da população aos bancos para sacar dinheiro. Sem recursos disponíveis, o sistema financeiro do país entra em colapso.

Na segunda-feira, milhares de gregos saíram às ruas para declarar apoio ao “não” no referendo. Nesta terça, outros milhares de cidadãos se manifestaram a favor do “sim” às propostas dos credores internacionais.

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Os líderes europeus já deixaram claro que o que está em jogo não é apenas o calote, mas a permanência do país na Zona do Euro. O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que se sentiu “traído” por Tsipras e que quem disser “não” na consulta popular estará votando contra a Europa.

Em pronunciamento transmitido em rede nacional nesta segunda-feira, o primeiro-ministro fez um apelo à população para que vote contra as propostas dos credores e ressaltou que ela não significa uma saída automática da Grécia da unidade monetária da Europa. “Eu não acho que o plano deles seja expulsar a Grécia da Zona do Euro, mas acabar com as esperanças de que pode haver políticas diferentes na Europa”, disse Tsipras no pronunciamento.

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(Da redação)

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