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Cortes orçamentários pautam 1ª reunião ministerial

Dados de geração de emprego e ata do Copom também ajudarão a ditar o humor dos mercados nos próximos dias. Na Europa, Fórum Econômico Mundial, em Davos, tenta encontrar soluções para a crise

Por Ana Clara Costa
23 jan 2012, 11h01

A semana tem início em meio a importantes eventos ocorrendo tanto no Brasil quanto no mundo. Em Brasília, a segunda-feira começa agitada: após uma semana de conversas com a presidente Dilma Rousseff para definir os cortes no Orçamento Geral da União (OGU), os 38 ministros estão convocados para uma reunião de gabinete com a presidente. Nela, o desempenho de cada pasta será avaliado e haverá novas metas para o ano.

Apesar do clima tenso que cerca esse tipo de encontro – de prestação de contas – , a expectativa é de que a primeira reunião do ano da presidente com todos os seus ministros seja mais branda. Isso porque, ao que tudo indica, os cortes no Orçamento não serão prioridade do governo em 2012, tal como foram no ano passado.

Ainda que as estimativas apontem para a necessidade de um corte de 70 bilhões de reais – para que seja cumprida a meta de superávit primário -, as primeiras informações sobre os encontros ministeriais evidenciam um plano de governo com foco em crescimento – e não em austeridade. Em um ano que se apresenta, inicialmente, mais difícil do que 2011, a presidente já afirmou com clareza aos ministros que o Produto Interno Bruto (PIB) de 2012 deverá crescer 4% – quando muitas vozes do mercado apontam para um crescimento de 3%. Segundo o boletim Focus, considerado um termômetro das expectativas de analistas, a economia do país deve avançar 3,27% no ano.

A semana contará também com dados importantes sobre a geração de emprego no país: na segunda, feira o Ministério do Trabalho divulga os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2011, enquanto na quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciará a taxa de desemprego acumulada em 2011.

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Já a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que sairá na próxima quinta-feira, deve mostrar a avaliação do BC em relação à economia brasileira e mundial em um momento emblemático. O mercado anseia saber se a autoridade monetária já considera suficiente a trajetória de queda da taxa de juros e poderá, talvez, reduzir o ritmo de queda a partir da próxima reunião. Isso ocorre porque, ainda que o resultado do PIB de 2011 não tenha saído, a economia brasileira deu sinais de recuperação no quarto trimestre, tanto em relação à produção industrial, como também ao consumo. Na última reunião do Copom, alguns analistas já esperavam que o Comitê desacelerasse a queda para 0,25 ponto percentual – o que não ocorreu.

Crise do euro – Na Europa, a situação grega permanece delicada e deverá ditar os ânimos dos mercados nos próximos dias. Tudo porque o país não conseguiu chegar a um acordo com seus credores privados para negociar o perdão de 50% de sua dívida.

A expectativa é de que as conversas prossigam ao longo desta semana e que uma conclusão seja anunciada até sexta-feira. Para que isso ocorra, os ministros de Finanças da zona do euro estão reunidos em Bruxelas e deverão discutir, ao longo da semana, os termos de uma reestruturação das contas da Grécia que seriam aceitáveis como parte de um novo resgate financeiro ao país. O encontro de líderes na Bélgica deverá contar com a presença de Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e de Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Na quarta-feira, as atenções se voltarão para a cidade de Davos, na Suíça – sede do Fórum Econômico Mundial. O evento aguarda a chegada de 2.600 pessoas, entre líderes políticos e econômicos, empresários e pensadores contemporâneos que discutirão, ao longo de quatro dias, alternativas para solucionar a crise global.

A presidente Dilma não irá ao evento e enviará o chanceler Antonio Patriota e o presidente do BC, Alexandre Tombini como representantes do país no fórum. Outro participante do encontro é o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, cuja saída do comando da estatal foi confirmada nesta segunda-feira. Em comunicado, a Petrobras afirmou que o presidente do conselho de administração da empresa, o ministro Guido Mantega, indicará a executiva Maria das Graças Foster para o cargo ocupado por Gabrielli. Graça é a atual diretora da Gás e Energia da empresa.

Crescimento americano – Nos Estados Unidos, os questionamentos econômicos deram trégua e abriram espaço para a corrida presidencial. No último fim de semana, o político conservador Newt Gingrich, pré-candidato republicano às eleições presidenciais americanas, impôs uma amarga derrota ao ex-governador do Texas, Mitt Romney.

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Com 41% dos votos, contra 26% de seu adversário, segundo dados preliminares, Gingrich saiu vitorioso das prévias da Carolina do Sul e avança na preferência do eleitorado republicano. Ainda que a disputa política seja tema central da semana, os Estados Unidos terminarão a sexta-feira com os dados do PIB de 2011 em mãos. A expectativa é que a economia americana tenha avançado 1,8% no ano passado.

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