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Cães que se parecem com filhotes têm vantagem evolutiva

Segundo pesquisadores, os cachorros evoluíram para manipular a preferência humana por características jovens

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h15 - Publicado em 30 dez 2013, 14h24

Um novo estudo sugere que os cães podem ter “manipulado” a preferência do homem por animais com aspecto de filhotes para serem domesticados. A pesquisa, realizada por cientistas do Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos, foi publicada no periódico Plos One, na última quinta-feira.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Paedomorphic Facial Expressions Give Dogs a Selective Advantage

Onde foi divulgada: periódico Plos One

Quem fez: Bridget M. Waller, Kate Peirce, Cátia C. Caeiro, Linda Scheider, Anne M. Burrows, Sandra McCune e Juliane Kaminski

Instituição: Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, e outras

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Resultado: O estudo sugere que os cachorros evoluíram para manipular a preferência humana por características que lembram filhotes

Os lobos foram domesticados há cerca de 18.000 anos, e evoluíram para os cães que conhecemos atualmente. Ainda não se sabe como essa transição se iniciou. Uma hipótese é de que os lobos tenham se autodomesticado, uma vez que, ao se aproximar dos humanos, obtinham alimentos com mais facilidade. Com o tempo, cães e lobos se diferenciaram na aparência, e os cachorros se tornaram mais parecidos com filhotes de lobo do que com seus exemplares adultos.

Acreditava-se que esse fenômeno, conhecido como pedomorfose (mudança através da qual os indivíduos adultos de uma espécie retêm características previamente encontradas em jovens) tenha sido consequência da domesticação, quando os animais menos agressivos foram selecionados. O novo estudo sugere, porém, que essa ocorrência não foi apenas um “efeito colateral”, mas aconteceu devido à preferência humana por bichos que se parecem com filhotes.

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Estudo afirma que primeiros cães foram domesticados na Europa

Olhos maiores – Ao observar um abrigo para cães, os pesquisadores notaram que os animais que faziam um tipo específico de movimento facial – levantar a parte interna das “sobrancelhas” – eram adotados mais rapidamente do que os demais. Essa expressão facial está diretamente ligada à pedomorfose, pois os olhos do animal pareceram maiores, como ocorre nos filhotes.

Movimento facial do cachorro ()

Esse mesmo movimento, nos humanos, está associado à tristeza e à vulnerabilidade, que também se relaciona com a aparência de filhotes. Outra hipótese é a de que este movimento do rosto faz com que uma área maior da esclera (parte branca dos olhos) apareça no cachorro, o que indica capacidade de olhar especificamente para alguém. Curiosamente, características mais observadas por leigos, como balançar a cauda ou se aproximar dos humanos, não tiveram influência sobre a velocidade da adoção.

Para os autores, esse resultado sugere que os cachorros evoluíram para manipular a preferência humana por características que lembram filhotes. “Isso colabora com a hipótese de que características pedomórficas em cães domésticos surgiram como um resultado da seleção indireta feita pelos humanos, e não como um subproduto da seleção contra os indivíduos mais agressivos”, escrevem os autores no estudo.

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