‘Ossada de Mona Lisa’ é retirada de escavação na Itália

Arqueólogos retiram restos mortais daquela que acreditam ter sido a inspiradora do sorriso mais misterioso da história da arte

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h29 - Publicado em 24 jul 2012, 12h53

Arqueólogos desenterram ossada que pode ser da Mona Lisa (Andreas Solaro/AFP/VEJA)

Arqueólogos conseguiram retirar em um convento abandonado em Florença, na Itália, o que acreditam ser o esqueleto da musa inspiradora de Leonardo da Vinci no quadro Mona Lisa.

Os pesquisadores começara a cavar no local quando documentos comprovaram que Lisa Gherardini, a nobre florentina que pode ter modelo do pintor, viveu no local das escavações depois da morte de seu marido, o mercador Francesco del Giocondo. A equipe de arqueólogos, liderada por Silvano Vinceti, trabalha com a seguinte hipótese: se for possível encontrar ossos humanos nas ruínas do convento, é provável que uma dessas ossadas seja a de Lisa

Reprodução da obra “Mona Lisa”, iniciada em 1503, de Leonardo Da Vinci. A obra foi roubada em agosto de 1911, do Museu do Louvre, em Paris, por Vincenzo Peruggia, um antigo funcionário do museu. Ele acreditava que a obra havia sido roubada da Itália pelas tropas de Napoleão e resolveu devolvê-la ao seu país de origem. A Mona Lisa foi exibida em vários museus italianos e depois retornou ao Louvre, em 1913 ()

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“Creio que chegamos à parte realmente emocionante para os investigadores, a conclusão de nosso trabalho no qual nos aproximamos da pergunta-chave: encontramos ou não os restos de Lisa Gherardini?”, afirmou Vinceti.

Musa inspiradora – Lisa foi casada com um rico mercador de seda, chamado Francesco del Giocondo, que viveu na Itália no século XVI. Como o quadro Mona Lisa também é conhecida como La Gioconda, pesquisadores acreditam haver uma relação entre a musa e a obra de arte, apesar de não haver indícios tangíveis dessa ligação.

Lisa se tornou freira após a morte de Francesco, e morreu em 1542 em um convento chamado Santa Úrsula, aos 63 anos, onde moravam suas filhas, também freiras. É neste local que estão sendo feitas as escavações agora.

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Rastro da história – Os pesquisadores submeterão os restos do esqueleto a uma série de testes para confirmar se pertencem a Lisa. Eles precisam saber se os restos mortais são de meados do século XVI e se a pessoa que morreu tinha entre 62 ou 63 anos.

“Depois vem o teste mais importante, o do DNA, porque temos os restos mortais de suas filhas. Se corresponderem, então saberemos que são os restos da modelo que inspirou a Mona Lisa“, acrescentou o arqueólogo, que também preside o Comitê Nacional Italiano para o Legado Cultural.

Sorriso misterioso – Se for confirmada a identidade do esqueleto, os investigadores iniciarão um processo de dois meses para reconstruir o rosto. “Os traços fundamentais serão claramente visíveis. Já tentamos com Dante Alighieri, quando reconstruímos seu rosto. Seremos capazes de deixar para trás as hipóteses e comparar realmente o rosto reconstituído da musa que inspirou o artista”, explica o especialista.