Observatório divulga imagem da constelação do Altar
Segundo o Observatório Europeu do Sul, essa é a vista 'mais detalhada' obtida até o momento dessa constelação
O Observatório do Paranal, localizado no Chile, captou uma nova imagem da constelação austral do Altar, localizada a 4.000 anos-luz da Terra. A imagem, a mais detalhada obtida dessa constelação até o momento, foi divulgada nesta quarta-feira pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).
Para obter a imagem foram necessárias 500 fotos, com um tempo de exposição total superior a 56 horas. Elas foram tiradas pelo telescópio de rastreamento Very Large Telescope (VLT), com quatro filtros de cores diferentes.
No centro da imagem há um aglomerado de estrelas, denominado NGC 6193, que contém cerca de 30 estrelas brilhantes e forma o coração da associação estelar OB1 do Altar. Uma associação de estrelas é formada por estrelas que se movem juntas pelo espaço. Seus membros têm idades e composição semelhantes e se originaram na mesma região. Associações OB consistem basicamente de estrelas do tipo azul-branca muito jovens, cerca de 100 000 vezes mais brilhantes do que o sol e com uma massa entre 10 e 50 vezes maior do que ele.
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Observatório – O ESO é o maior consórcio de pesquisa astronômica do mundo, com vários telescópios e radiotelescópios de última geração instalados no topo dos Andes chilenos. São membros do consórcio dezesseis países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grã-Bretanha, Holanda, Itália, Polônia, Portugal, República Checa, Suécia e Suíça, juntamente com o Chile.
Dentre os telescópios que compõem o ESO, o protagonista é o VLT, um agrupamento de quatro telescópios com espelhos de 8,2 metros de diâmetro cada, apoiados por quatro telescópios menores, com espelhos de 1,8 metro. O VLT, junto com os outros telescópios do ESO, é o mais produtivo complexo astronômico terrestre do mundo. Diariamente, dois artigos científicos são publicados com dados obtidos por meio deles. Em número de artigos publicados, o ESO só perde para o Hubble.