ESA defende nova hipótese para o nascimento de estrelas
Segundo agência europeia, estrelas se formam de maneira lenta e natural a partir do gás ao seu redor e não a partir do choque entre galáxias
Com base em observações feitas pelo telescópio espacial Herschel, pesquisadores da Agência Espacial Europeia (ESA) defenderam nesta terça-feira uma nova hipótese para a formação das estrelas. De acordo com a interpretação dos dados, colhidos em duas regiões do espaço, o nascimento de uma estrela não depende do choque entre galáxias, mas sim da presença de gases.
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- Galáxias – Por mais surpreendente que pareça, a definição do que é uma galáxia não é consenso entre os astrônomos. Mas a maioria concorda que o ‘amontoado’ de estrelas, planetas e nuvens de gás e poeira deve obedecer a alguns critérios: presença de estrelas próximas pela ação da gravidade; sistema estável; diversidade de estrelas, influência da matéria escura e dominância em relação aos ambientes que estão próximos.
A equipe da agência espacial europeia analisou galáxias muito distantes – a bilhões de anos-luz de distância. Ao comparar a quantidade de radiação infravermelha emitida pelas galáxias em diferentes comprimentos de onda, os pesquisadores demonstraram que a taxa de criação de estrelas só depende da quantidade de gás armazenado na galáxia, não das colisões sofridas.
Um dos pesquisadores participantes, David Elbaz, explica que as colisões só têm um papel decisivo para galáxias que ainda não abrigam uma grande quantidade de gás, fornecendo o material necessário para gerar altas taxas de formação de estrelas. Para a organização, isso pode ser observado em galáxias que, após a formação de estrelas por mais de 10 bilhões de anos, esgotaram a maior parte de suas reservas gasosas.
“Os novos resultados mudam totalmente nossa percepção da história do Universo”, disse Elbaz. “A maior parte das galáxias vai crescendo de forma lenta e natural a partir do gás atraído a seu redor.”
(Com Agência EFE)