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Cientistas identificam quatro novos gases nocivos à camada de ozônio

Três deles são CFCs e o outro é um hidroclorofluorcarboneto (HCFC). Eles começaram a se acumular na atmosfera a partir da década de 1960, o que sugere que são produzidos pelo homem

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h13 - Publicado em 10 mar 2014, 17h22

Cientistas identificaram quatro novos gases que contribuem para a destruição da camada de ozônio. De acordo com a pesquisa, publicada neste domingo na revista Nature Geoscience, dois desses gases estão se acumulando na atmosfera de maneira significativa e impedindo o bloqueio dos raios ultravioletas.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Newly detected ozone-depleting substances in the atmosphere

Onde foi divulgada: periódico Nature Geoscience

Quem fez: Johannes C. Laube, Mike J. Newland, Christopher Hogan, Carl A. M. Brenninkmeijer e outros

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Instituição: Universidade de East Anglia, na Inglaterra

Resultado: Os pesquisadores identificaram os quatro novos gases CFC 112, CFC 112a, CFC 113a e HCFC 133a que contribuem para a destruição da camada de ozônio

Três deles são clorofluorcarbonetos (CFC) e o outro é um hidroclorofluorcarboneto (HCFC), que também é capaz de danificar o ozônio. “Eles não estavam na atmosfera até a década de 1960, o que sugere que eles são produzidos pelo homem”, disse Johannes Laube, o principal autor do estudo, conduzido pela Universidade de East Anglia,em Londres, na Inglaterra.

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Fonte desconhecida – Para encontrar os novos gases, os cientistas compararam o ar atual com amostras de ar coletadas entre 1978 e 2012 no Cabo Grim, na ilha da Tasmânia, na Austrália, uma região que não foi atingida pela poluição. Eles também analisaram o ar preso em blocos de neve extraídos da Groelândia que representam um arquivo natural do conteúdo atmosférico há cem anos. Assim, perceberam que os quatro novos componentes começaram a surgir a partir dos anos 1960 e, até 2012, mais de 74 000 toneladas se acumularam na camada de ozônio.

Eles foram identificados como CFC 112, CFC 112a, CFC 113a e HCFC 133a. Os pesquisadores ainda não sabem qual a origem exata da emissão dos novos gases. “Fontes possíveis incluem insumos químicos para a produção de inseticidas e solventes para limpeza de componentes eletrônicos”, afirma Laube. “Os três novos CFCs são destruídos lentamente na atmosfera e, por isso, se as emissões parassem imediatamente, eles ainda permaneceriam na atmosfera por décadas.”

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Histórico – Desde meados dos anos 1980, os gases clorofluorcarbonetos foram identificados como uma das principais causas do buraco na camada de ozônio. Localizada entre 15 e 30 quilômetros acima da superfície da Terra, ela barra a incidência dos raios ultravioleta que, em grandes quantidades, causam câncer em humanos e problemas reprodutivos em animais. Os gases nocivos a essa camada, utilizados na produção de refrigeradores e propulsores de sprays e desodorantes, têm a produção restringida desde 1987, quando o Protocolo de Montreal limitou seu uso. Em 2010, eles foram internacionalmente proibidos. “Entretanto, as novas emissões identificadas são claramente contrárias às intenções do Protocolo de Montreal e levantam questões sobre as fontes desses gases”, afirmam os pesquisadores no artigo.

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