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‘The Voice Brasil’ impulsiona até carreira de eliminados

Programa que estreia segunda edição nesta quinta-feira abriu portas para muitos participantes que ganharam a simpatia do público e dos mentores. Diferentemente dos reality shows do gênero, vencer não é o mais importante

Por Pollyane Lima e Silva
3 out 2013, 16h16

Quando venceu a primeira edição do The Voice Brasil, Ellen Oléria levou um carro, 500.000 reais e o prêmio mais desejado por qualquer aspirante a cantor: um contrato com a Universal Music. Único homem a garantir uma das oito vagas da final, Danilo Dyba foi procurado pela mesma gravadora e, três meses depois, estava não só com a garantia de produção de um álbum como também com o agenciamento da carreira garantido. Esta semana, quem assina com a mesma gravadora é Ju Moraes, que deve lançar CD e DVD em janeiro. E mesmo quem não chegou à última etapa conseguiu dar um rumo à carreira. Mira Callado, eliminada em uma das semifinais, também tem um novo trabalho à vista. A lista de exemplos é imensa, porque o formato deste reality show – que estreia a segunda temporada nesta quinta, após Amor à Vida – abre mais portas do que qualquer outro.

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A primeira jogada certeira é a escolha dos técnicos. Carlinhos Brown, Claudia Leitte, Daniel e Lulu Santos não se desvincularam do papel de tutores mesmo depois do fim do programa. São muitos os ex-participantes chamados a cantar na abertura de algum de seus shows. Pupilos de Lulu, como Maria Christina, Marquinho O Sócio e Gabriel Levian já dividiram o palco com ele mais de uma vez. Quem os convida para fazer uma participação especial em um novo CD, também tem o convite aceito prontamente. Ju Moraes terá em seu novo DVD duas faixas especiais, cantando com Brown e Claudia – que começa a empresariar a carreira de Mira. Sem contar que a maioria pode contar com a exibição nos principais programas da emissora líder de audiência. Ellen Oléria foi do Mais Você ao Altas Horas, repetidas vezes.

Neste caso, não é clichê dizer que a exposição é bem mais importante do que sair vencedor. “O prêmio só chegou um pouco atrasado”, brinca Danilo, ex-pupilo de Daniel. “O que vale mesmo é conseguir mostrar seu trabalho o máximo de tempo possível, plantar uma semente que você vai colher depois.” Ellen Oléria concorda: “The Voice Brasil é um grande portal, que nos leva ao encontro de um grande público e nos ajuda a alçar novos voos na carreira”. Não existe uma fórmula a ser seguida, frisa a vencedora, mesmo porque o resultado acaba sendo influenciado também pelo gosto pessoal, do técnico e do público que vota de casa. Por isso mesmo, deve-se aproveitar o suporte oferecido nos três meses de programa. “É uma experiência profissional alucinante. Você tem contato com produtores incríveis, que te abrem os olhos para coisas que você não conseguia enxergar”, conta Ju.

Retrospectiva – Os três finalistas conversaram com o site de VEJA para lembrar os maiores desafios de suas participações e dar conselhos a quem entra na segunda temporada da disputa. “Este não é um reality show como o BBB“, compara Ju Moraes. “A competição não fica tão evidente, porque quem trabalha com música é sensível para perceber que o programa só vai somar. O desafio maior é contra você mesmo, no objetivo de se superar.” O mais difícil, para ela, foi aceitar músicas que nunca tinha interpretado antes, como Se, de Djavan. “Não tinha o costume de cantar baladas, sempre fui só do samba. Mas entendi que, antes de tudo, sou instrumento da música e aceitei o desafio. Resultado: coloquei três baladas no meu CD – e elas são as músicas mais lindas deste trabalho”, conta.

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Ellen confessa também ter estremecido quando recebeu a missão de cantar Maria, Maria, eternizada na voz de Elis Regina. Pensou que não seria capaz de tomar a música como sua. Mas foi, e com tanta maestria que ela também foi incluída no seu CD. “Todas as etapas do reality foram muito complexas, exigiam bastante energia, trabalho e ensaio. E, às vezes, você recebe uma crítica que não acompanha o tamanho da sua dedicação. Isso é um pouco doloroso, mas necessário nessa trajetória.” Danilo não foi tão maleável no repertório, manteve-se sempre agarrado à segurança do sertanejo universitário, e admite arrependimento. “Se eu pudesse voltar, não cantaria tantas músicas do mesmo artista, e ousaria em outros estilos. Vale a pena se permitir esse desafio.”

Se pudesse aconselhar os novos participantes, Danilo diria para que aprendessem com seu erro. “Tenha muito cuidado com o que vai apresentar, e depois de decidir, defenda a música como se fosse a última da sua vida”. O fundamental, diz Ju, é ter muito claro o que quer, qual o seu estilo. “Claro que você vai ser testado, mas precisa mostrar a sua verdade e tem que estar confortável”, indica. Ellen até se arrisca a enumerar alguns pontos que não podem faltar: “timbre, extensão vocal, técnica, carisma e um bocado de sorte também”. Afinal, é uma competição forte. Não há espaço para calouros no The Voice Brasil. A maioria dos que chega às audições é profissional, o que deixa gravadoras e empresários de ouvidos atentos. “Esta é uma excelente oportunidade, mas não a única”, destaca a campeã de 2012.

Sam Alves

Quando as cadeiras dos quatro técnicos se viraram nas audições às cegas, todos já sabiam que Sam Alves estava garantido na final da segunda temporada do The Voice Brasil. Conforme o programa avançava – e sua torcida crescia nas redes sociais – a vitória ficava mais perto. Até que se consumou fácil. Saiu do time de Claudia Leitte para gravar o primeiro CD pela Universal, com as versões apresentadas no programa e uma música autoral: Be With Me, que já teve clipe lançado no YouTube. Faz shows pelo Brasil e concorre ao Prêmio Multishow 2014, na categoria Experimente.

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Gustavo Fagundes

O estudante de Medicina encantou técnicos e público não só pela voz, mas também pela beleza envolta em um belo par de olhos claros. Foi pupilo de Lulu Santos, acabou eliminado e resgatado por Claudia Leitte, mas caiu antes da final da primeira temporada da competição. Ainda assim, foi contratado pela Universal – a mesma gravadora que fecha com o campeão -, lançou um EP e foi eleito uma das apostas do ano pelo iTunes.

Dom Paulinho Lima

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Arrebatou os quatro técnicos nas audições às cegas da segunda temporada, com a voz moldada para a black music. Avançou até a semifinal, quando o técnico Lulu Santos não perdoou erros na letra da música BR3 e decidiu cortá-lo – foi um dos momentos mais controversos do programa, com grande revolta dos fãs pelas redes sociais. Vida que segue, fechou com a gravadora do vencedor Sam Alves e ainda teve o CD lançado ao mesmo tempo.

Lucy Alves

Com a inseparável sanfona, Lucy Alves fez de suas apresentações uma reverência à música nordestina, e se tornou a queridinha do técnico Carlinhos Brown na segunda temporada. Chegou à final, mas foi superada por Sam Alves. Ao lado dele e dos outros dois finalistas, Rubens Daniel e Pedro Lima, correu o Brasil com a The Voice Tour. Foi contratada pela Universal e teve o CD lançado na mesma leva de Dom Paulinho Lima e Sam. Tem uma agenda movimentada de shows desde então.

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Pedro Lima

Saiu de um concurso de cantar no chuveiro, promovido pelo Mais Você de Ana Maria Braga, direto para o palco do The Voice Brasil. Só viu a cadeira de Lulu Santos se virar, e encontrou no técnico o maior apoiador. Era um dos favoritos da segunda temporada, saiu em turnê pelo Brasil com os finalistas, mas viu a vitória ficar com Sam. Cruzou a Europa em uma série de shows e voltou ao país lançando uma canção inédita, Inverno.

Ellen Oléria

Foi a vencedora da primeira temporada do programa, o que lhe garantiu contrato com a gravadora Universal (além de um carro e 500.000 reais em dinheiro). O CD, lançado em julho de 2013 com participação do ex-tutor Carlinhos Brown em uma das faixas, arrebatou crítica e público. Tem clipe novo lançado este ano, para a música Córrego Rico. Antes de participar do reality, já havia gravado outros dois álbuns: Peça (2009) e Ellen Oléria e Pretutu ao Vivo no Garagem (2012).

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Ju Moraes

Tinha só três anos de carreira quando chegou ao The Voice Brasil e escolheu compor a equipe de Claudia Leitte. Assinou contrato com a mesma gravadora da vencedora Ellen Oléria. Lançou o CD e DVD Em Cada Canto um Samba, com participações da ex-técnica e de Carlinhos Brown.

Danilo Dyba

Único homem a conquistar uma das oito vagas da final da primeira temporada do programa, vibrou quando o sertanejo Daniel bateu para ele nas audições às cegas. Manteve contato de perto com o técnico mesmo depois do programa, e chegou a abrir alguns shows dele. Assinou também com a Universal, para gravar o primeiro CD e já prepara o segundo álbum.

Ludmillah Anjos

Babado, Confusão e Gritaria era o bordão usado por ela no The Voice Brasil, e virou também o nome do seu CD. Ex-pupila de Carlinhos Brown, perdeu a vaga final para a campeã Ellen Oléria. Sempre foi mais reconhecida pelo show no palco do que essencialmente pela voz. Já cantou com Daniela Mercury e foi a atração principal de um festival de música brasileira na Europa.

Mira Callado

Era do time de Carlinhos Brown, mas foi por Cláudia Leitte que ela foi mais abraçada depois do programa – Mira Callado tem a carreira agenciada pela cantora. “Gosto muito dela e acredito no seu trabalho”, disse a técnica.

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