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Wagner Rossi fala nesta quarta-feira ao Senado

Ministro tentará se explicar sobre esquema de lobby e cobrança de propina dentro da pasta. Depoimento compõe estratégia de pretensa transparência total

Por Da Redação
10 ago 2011, 09h35

Após três semanas de denúncias de corrupção dentro do Ministério da Agricultura, o titular da pasta, Wagner Rossi, voltará ao Congresso pela segunda vez em sete dias para tentar se explicar nesta quarta-feira. O depoimento do ministro está marcado para as 12 horas na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado. Entre outras questões, Rossi terá de responder como permitiu que um lobista se instalasse há um ano em uma sala do ministério para interferir nas licitações da área. A fala do ministro faz parte de estratégia de pretensa transparência total do PMDB, para evitar a demissão de Rossi. Em sete meses de governo, a presidente Dilma Rousseff já derrubou três ministros – da Casa Civil, Antonio Palocci, dos Transportes, Alfredo Nascimento, e da Defesa, Nelson Jobim. O PMDB – que está na berlinda também por problemas no Ministério do Turismo, devassado por uma operação da Polícia Federal – não quer ser a próxima vítima. Reportagem publicada na edição desta semana de VEJA mostra a ação do lobista Júlio Fróes que, se dizendo amigo de Wagner Rossi, distribui pacotes de dinheiro a funcionários do setor de licitação do ministério. Enquanto isso, representantes da estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) cobravam de uma empresa propina de 22 milhões de reais para liberar o pagamento de dívidas judiciais. Na semana passada, em entrevista a VEJA, o ex-diretor financeiro da Conab Oscar Jucá Neto já alertava para irregularidades no ministério. “Ali só tem bandido”, resumiu Oscar. Foi apenas sobre esta denúncia que Rossi falou no depoimento à Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, na quarta-feira da semana passada. O ministro negou os desmandos e acusou Oscar de estar ressentido por ter sido demitido da Conab. Agora o ministro pisa em terreno minado e será pressionado a responder perguntas de que fugiu em entrevista na segunda-feira. A coletiva foi convocada pelo próprio ministro, dentro da estratégia do PMDB, mas, na prática, Rossi só falou sobre o que quis e fingiu não ter ouvido a pergunta a respeito das fotos que provam a atuação de um lobista dentro do ministério. E se saiu com uma pérola: “Eu não consigo cuidar de tudo.” A ver se pensa em uma justificativa melhor para apresentar ao Senado.

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