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Volume morto da represa Atibainha começa a ser captado

Crise hídrica tem sido usada com frequência pelos adversários do governador na corrida pelo Bandeirantes

Por Bruna Fasano 23 ago 2014, 09h46

São Paulo dá início, neste sábado, à captação do volume morto de mais uma represa que abastece o Sistema Cantareira: o manancial de Atibainha, em Nazaré Paulista, no interior do Estado. Um mês e meio após lançar mão do volume morto nas represas Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) acionará bombas flutuantes, canos e mecanismos de sucção para acessar a reserva profunda do manancial.

Atibainha representa o segundo maior reservatório do sistema. Segundo a Agência Nacional de Água, a represa registra neste sábado 12% de sua capacidade. Para captar a água do volume morto, que fica abaixo do nível das comportas, a Sabesp instalou diques e bombas que custaram cerca de 80 milhões de reais. Só para o funcionamento dos geradores que alimentam os equipamentos, a Sabesp gasta por dia 48.800 reais com óleo diesel, que emite poluentes como enxofre.

O Sistema Cantareira abastece atualmente 6,5 milhões de pessoas. Há um mês, 8,8 milhões de moradores na Grande São Paulo recebiam a água retirada do manancial. A diferença, 2,3 milhões de pessoas, se dá porque o governo do Estado de São Paulo e a Sabesp repassaram esse abastecimento para outros sistemas, como Alto Tietê, Guarapiranga e Rio Grande.

Nesta semana o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que concorre à reeleição, visitou as obras de captação de Atibainha e afirmou que o Estado enfrenta “a pior seca dos últimos 100 anos” e que a crise hídrica “se combate com planejamento, obras e conscientização da população”.

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A crise hídrica tem sido usada com frequência pelos adversários do tucano na disputa eleitoral. Na TV, Alexandre Padilha, do PT, criticou o governo e mostrou pessoas reclamando da crise. Já Paulo Skaf, do PMDB, postou vídeo que traz uma paródia da música Lepo Lepo, do grupo Psirico, que fez sucesso no Carnaval deste ano. A letra faz referência ao esvaziamento do reservatório do Cantareira. Sem mencionar nominalmente o governador, o jingle ironiza o tempo do tucano no cargo. “O culpado de verdade já está aí há 12 anos e não soube resolver. A Cantareira secou de verdade, vou tomar banho lá no Tietê”, diz o verso. Questionada sobre os ataques, a campanha tucana afirma que a crise deveria ter sido tratada de maneira mais enfática também na propaganda de Alckmin, salientando as ações de combate ao desperdício.

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