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Reforma do Maracanã sairá por 956 milhões de reais, 50% a mais do que o previsto

Vice-governador do Rio atribuiu a exigências da Fifa o encarecimento da obra, mas entidade fez apenas recomendações

Por Luciana Marques
17 Maio 2011, 12h13

O orçamento da reforma do estádio do Maracanã, escolhido para receber a final da Copa do Mundo de 2014, subiu para 956.787 milhões de reais. O valor aumentou 356 milhões de reais em relação à quantia inicial prevista no Portal da Transparência em janeiro deste ano, que era de 600 milhões de reais. Durante o processo de licitação, o valor aumentou pela primeira vez para 705 milhões de reais. E agora os novos gastos foram apresentados pelo governo do Rio de Janeiro nesta terça-feira a ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU), em Brasília.

O vice-governador e secretário de Obras do Rio, Luiz Fernando Pezão, justificou a dificuldade de manter o projeto inicial com as exigências da Fifa. Segundo ele, as recomendações do órgão devem se estender até o dia 30 de maio. “Vamos entregar a arena mais moderna do mundo. Temos encargos da Fifa e do Comitê Olímpico internacional. É uma dificuldade imensa atender as demandas”, disse.

O ministro do TCU Valmir Campelo disse que os valores estão de acordo com a Lei de Licitações, que permite aumento de 50% no valor da reforma estabelecido inicialmente no processo de licitação. “A lei permite, então não vejo maiores problemas com relação a isso”. O tribunal vai examinar o projeto do Maracanã em 45 dias. Se encontrar irregularidades, pedirá esclarecimentos ao governo do Rio de Janeiro.

O presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), Ícaro Moreno, também tentou justificar a polêmica envolvendo a ampliação da cobertura do Maracanã. Num primeiro momento, o governo do Rio de Janeiro disse que a cobertura de 100% da área de torcida seria uma exigência da Fifa, o que foi posteriormente negado pela entidade. Na verdade, a melhoria foi apenas uma recomendação da Fifa, que classificou a medida como “desejável”.

“A marquise da cobertura foi altamente comprometida e deteriorada e houve recomendações para demolição por causa de sua vida útil. Nenhum engenheiro do mundo pode garantir a segurança da cobertura, era uma matriz cancerígena. Mas a paisagem do Maracanã é a mesma externamente”, justificou Moreno. A cobertura deverá ser de lona translúcida, garantindo assim que o público fique a salvo da chuva sem perder a luz natural. A área da cobertura passará de 24.000 metros quadrados para 47.000 metros quadrados.

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Controle – O ministro do TCU, Benjamin Zymler, lembrou no evento a importância das ações de prevenção de irregularidades nos gastos com as obras. “Os órgãos de controle devem enfatizar a ideia de controle cooperativo e preventivo. Temos a perfeita consciência de ato de controle não se confunde com ato de gestão. O governo do estado do Rio de Janeiro e o Ministério do Esporte são parceiros neste ponto.”

O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Waldemar de Souza, disse que as obras dos grandes eventos esportivos vão contribuir para o fortalecimento dos órgãos de controle. “Estamos dando um passo para que um dos legados dessa copa seja um aprimoramento das instituições do país.”

Mudanças – O estádio passa por uma série de mudanças para atender às recomendações de órgãos internaciaa. Para melhorar a segurança, serão quatro novas rampas. Com isso, os torcedores conseguirão sair do estádio em oito minutos. Haverá também catracas mais seguras na entrada do estádio e leitura universal de ingressos, incluindo os comprados pela Internet. Para comodidade dos torcedores, serão instalados 60 bares e o número de vasos sanitários subirá de 761 para 927. A iluminação também trará luzes dinâmicas, com mudança de cores.

Cerca de 800 operários trabalham nas obras em períodos diurno e noturno.

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