A Polícia Civil de Alagoas enviou à polícia paulista o mandado de prisão de Everaldo Pereira dos Santos, pai da adolescente Eloá Cristina Pimentel, que morreu baleada na cabeça depois de ficar 100 horas como refém do ex-namorado. Segundo a polícia, Santos é acusado de vários crimes, inclusive de um assassinato ocorrido em 1991.
Em São Paulo, o pai da adolescente se apresentava como Aldo Pimentel, e tentou evitar aparecer na imprensa durante o seqüestro de Eloá, mas foi flagrado pelas câmeras no dia em que passou mal.
A polícia alagoana já tinha recebido uma denúncia anônima sobre o paradeiro de Santos e conseguiu confirmar as informações com a certidão de nascimento de Eloá e com a comparação das imagens veiculadas pela televisão com as fotos em arquivo do foragido.
Além do mandado de prisão, expedido pela juíza da 9ª Vara Criminal de Maceió, Ana Raquel da Silva, as autoridades de Alagoas enviaram a São Paulo a ficha policial e as impressões digitais de Santos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que os documentos ainda não chegaram.
Extermínio � O pai da adolescente, segundo a polícia, é ex-cabo da PM e fazia parte de um grupo de extermínio formado por policiais e liderado por um coronel, que está preso. Ele é acusado de envolvimento no assassinato do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa.
Após a morte da filha, Santos será indiciado por outro crime: o de falsidade ideológica. Ele usou documento falso ao prestar depoimento à Polícia Civil de São Paulo.
Nesta terça-feira, pessoas ligadas ao ex-cabo fizeram contato com o a Delegacia Geral de Alagoas para negociar sua apresentação. Uma condição colocada é que a polícia garanta a integridade física dele.