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Polícia monta operação para recuperar celulares furtados em manifestação no centro do Rio

Com números de série dos aparelhos e dados dos chips que foram instalados, investigadores chegam aos endereços de suspeitos de receptação de produto de furto. Vinte pessoas foram encaminhadas para delegacia para prestar esclarecimentos

Por Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Atualizado em 10 dez 2018, 10h29 - Publicado em 27 ago 2013, 11h56
Policiais procuram, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, endereços de suspeitos de furtar celulares durante a manifestação na Alerj
Policiais procuram, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, endereços de suspeitos de furtar celulares durante a manifestação na Alerj (VEJA)

Passado um mês e meio da manifestação que depredou a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) e uma série de estabelecimentos comerciais do centro da capital, uma operação da Polícia Civil deflagrada na madrugada desta terça-feira tenta chegar aos suspeitos de furto e vandalismo. O mecanismo encontrado pelos investigadores foi o de localizar os aparelhos celulares furtados de uma das lojas da operadora Claro, saqueada na noite de 17 de junho. Como muitos dos celulares furtados passaram a ser usados com chips registrados na operadora, foi possível cruzar o número de série dos aparelhos roubados – algo obtido pelo sistema de antenas de telefonia – com o CPF que consta no número da linha utilizada. Os policiais conseguiram identificar, com esse método, 30 endereços, para os quais foram expedidos mandados de busca e apreensão pela Justiça. Vinte pessoas foram detidas para prestar esclarecimentos.

Pouco depois das 4h, sessenta policiais de delegacias especializadas e distritais partiram para endereços nas zonas Norte e Oeste, da Baixada Fluminense e de São Gonçalo, para apreender os aparelhos celulares e levar os suspeitos para prestar depoimento. Os suspeitos não foram presos, e muitos deles alegaram ter ganhado os celulares de pessoas conhecidas, parente e até mesmo filhos. Pelo menos dois dos suspeitos conduzidos à DRCI (Delegacia de Repressão a Crimes de Informática) disseram ter recebido os celulares de seus filhos e afirmaram que os jovens participam das manifestações, apesar de não saberem que portavam celulares furtados.

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Delegados envolvidos na operação não deram declarações durante a manhã, alegando que a investigação corre sob segredo de Justiça. Por volta das 11h30, a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, chegou à sede da DRCI para acompanhar os trabalhos.

Nove pessoas ficaram presas, oito delas por receptação dolosa de produtos roubados. Um homem foi indiciado por furto qualificado com arrombamento, por ter confessado ter levado dois celulares da loja e ter atuado na depredação do estabelecimento.

A recuperação dos celulares é a primeira ação coordenada e em grande escala, no sentido de chegar aos suspeitos de crimes durante as manifestações. Até então, as polícias Civil e Militar, assim como o Ministério Público, tinham pouquíssimas informações sobre pessoas que, com rostos cobertos, foram filmadas ou fotografadas cometendo crimes como depredação de patrimônio, furto ou agressões.

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Os detidos poderão ser enquadrados no crime de receptação de produto roubado. A partir dos depoimentos, os investigadores tentarão chegar aos autores dos furtos. Até as 11h, não havia informações sobre prisões.

Engano – Um erro da operadora Claro causou constrangimento a um casal, morador da Tijuca. Durante a madrugada, a publicitária Valesca Fernandes, 41 anos, e o marido, o analista de sistemas Belisário Braga, de 49, foram acordados pelos policiais.Dando ordens para abrir a porta e afirmando ter um mandado judicial, os agentes tentava apreender um dos aparelhos que, segundo a operadora, havia sido furtado.

Apavorado, Belisário pensou estar sendo vítima de um assalto ou tentativa de sequestro. Ele decidiu, então, recorrer ao número 190, da Polícia Militar. O casal só abriu a porta quando uma viatura da PM chegou ao local e assegurou que os homens eram realmente da Polícia Civil. “Até entendermos o que estava acontecendo, ficamos muito nervosos”, contou Valesca.

Uma vez dentro do apartamento, os policiais foram menos agressivos. Valesca apresentou a nota fiscal do aparelho, adquirido na loja da Claro. Os policiais chegaram à conclusão de que um erro na loja provocou a falha na emissão do mandado de busca: a caixa do celular, que Valesca apresentou, tinha um número de série diferente do que está registrado no aparelho.

https://www.youtube.com/watch?v=fuB1TmHCfGY

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https://videos.abril.com.br/veja/id/ae7090066c854c06a4c4ba43031908ea

17h30 – Manifestantes chegam de metrô ao Centro do Rio

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https://videos.abril.com.br/veja/id/8ae6f93a53db4af3c4448cc8f588ac6a

18h – Em coro, multidão chama mais pessoas para as ruas

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https://videos.abril.com.br/veja/id/8ee5fff4f0e0cc4128fdbf43080d20d0

18h15 – Chuva de papel picado dos prédios da Av. Rio Branco

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https://videos.abril.com.br/veja/id/7b690cf011a1ced73eba0676d720fa18

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18h45 – ‘Sem violência’, pedem manifestantes

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https://videos.abril.com.br/veja/id/6d13e4d284664be721a6d6f9e36e848b

19h30 – Policiais que faziam segurança da Alerj são atacados

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https://videos.abril.com.br/veja/id/73a3e75da6a04ed0e1fa493ff49c4d93

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19h40 – Vândalos invadem e depredam prédio da Alerj

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https://videos.abril.com.br/veja/id/3711ca8bacb76fdc1aa75bc825d7cbde

19h55 – Policiais atiram ao alto para conter baderneiros

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https://videos.abril.com.br/veja/id/e40713e0d3b4f1ea3a01a2bd4549b945

20h – Policiais são apedrejados e agredidos

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https://videos.abril.com.br/veja/id/be359badb5268b8de0de54155dcfb4db

20h25 – Vândalos viram carro que seria incendiado depois

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https://videos.abril.com.br/veja/id/f2ffd964b95c52bebf2e2b1e6259a3ca

20h50 – Carro é incendiado no entorno do Alerj

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https://videos.abril.com.br/veja/id/1d6e1aa45ec21fa557db830e4d6062e1

21h10 – Bombeiros chegam e são ovacionados pela multidão

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