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Black Bloc, agora, critica destruição fora de controle

Página do movimento no Facebook reconhece rejeição pública e avisa que os mascarados só vão comparecer às próprias manifestações

Por Da Redação
26 ago 2013, 18h47

Depois de quase dois meses de quebra-quebra, o movimento Black Bloc no Rio decidiu não mais comparecer a manifestações convocadas por outros grupos. A mudança, publicada no domingo na página Black Bloc RJ, no Facebook, é um misto de revolta contra a contaminação das ações por outros vândalos – ou seja, a destruição de patrimônio público e privado só pode ocorrer nos moldes do que eles próprios determinam – e com o desgaste da imagem dos mascarados. O Black Bloc, no entanto, não admite erros, e afirma que a culpa pelos problemas é “da mídia” e “dos coxinhas” – como chamam os manifestantes que não são do grupo.

A percepção de rejeição é verdadeira. No acampamento em frente à rua do governador Sérgio Cabral, no Leblon, manifestantes foram hostilizados por mascarados. Um deles foi expulso por ter chegado ao local com uma bicicleta “laranjinha”, que exibe o símbolo do Itaú, que patrocina o sistema Bike Rio. Entre os não-Black Blocs, a queixa é de que os mascarados se apropriam das manifestações. E, claro, outros mascarados se apropriaram do visual Black Bloc – um golpe e tanto para um movimento que rejeita qualquer tipo de banalização de suas bandeiras.

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“Devemos rever a tática Black Bloc urgentemente e para isso, na próxima convocação, antes de sair de casa, pense nisso tudo que você acabou de ler aqui, para que tenhamos um diálogo produtivo, assim como uma ação produtiva”, diz o texto, que faz uma espécie de análise dos problemas causados por vândalos que, segundo eles, se aproveitaram para promover um tipo de destruição não aprovado pelas regras do grupo. “Daqui em diante, só iremos comparecer nas (sic) nossas próprias convocações e quando formos convidados e/ou apoiados pelo grupo organizador. Portanto, coxinhas sintam-se à vontade para marcar o protesto que quiserem”, diz o texto.

“Nas últimas semanas temos notado um aumento na rejeição da ação Black Bloc por parte da população em geral e até de alguns outros grupos que também possuem reivindicações que nós consideramos sérias. Alguns falarão: “E daí?” “Bando de Coxinhas” e etc… Será? Sabemos que boa parte dessa rejeição é devido à mídia, que é declaradamente contra o movimento, mas também é verdade que pseudo-ativistas que dizem usar a tática Black Bloc tem contribuído muito para esta má fama”, diz o início do manifesto exibido no Facebook.

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O Black Bloc também cita um episódio específico em que até os mascarados consideraram o vandalismo excessivo. “A destruição do patrimônio público e privado “à la bangu”, tem sido frequente e muitas vezes de forma injustificável! Banca de jornal atacada? Por quê? Pra quê? É compreensível quando arrancamos placas de trânsito e queimamos lixeiras para fazer barricadas contra o avanço da polícia porque nós sabemos o que eles fazem, mas o que temos visto é um descontrole, um corre-corre, perdoem-nos o termo, imbecil, que só faz dispersar o grupo tornando a palavra BLOCO, uma piada!”

“A cena dos “meninos” tirando fotos no Largo do Machado após quebrarem vidros de automóveis, derrubar banheiros químicos e destruir placas de rua foi patética. Se alguém conseguir nos apontar algum resultado positivo nisso, damos um prêmio”, criticam os ‘blocs’.

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