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Polícia Civil sai em busca de novas provas sobre assassinato de juíza no Rio

Policiais militares indiciados pelo crime voltam a depor na tarde desta terça-feira. Agentes cumprem mandados de busca em busca de armas e indícios de mais envolvidos na morte de Patrícia Acioli

Por Da Redação
13 set 2011, 13h12

Em uma nova série de interrogatórios na tarde desta terça-feira, policiais da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio tentarão obter mais detalhes sobre o assassinato da juíza Patrícia Lourival Acioli, morta em 11 de agosto em Niterói, região metropolitana do Rio. O tenente Daniel dos Santos Benitez e dos cabos Sergio Costa Júnior e Jefferson de Araújo Miranda, que passaram a noite na delegacia, devem ser ouvidos novamente a partir das 14h.

Apesar do indiciamento, e das informações que, segundo o delegado Felipe Ettore, confirmam que o trio executou a juíza, há respostas pendentes na investigação. Uma delas é como os policiais utilizaram uma viatura do 12º BPM (Niterói) para ir até a casa da juíza um mês antes do crime. Na ocasião, eles teriam feito um ‘levantamento’ para o momento do assassinato. Os policiais acusados do crime, no entanto, integram o Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM (São Gonçalo). Esse é um indício de que, no mínimo, os supostos assassinos foram acobertados por mais policiais.

O delegado Felipe Ettore afirmou, por volta do meio-dia, que na casa da mãe de um dos acusados foi apreendida uma pistola do calibre 0.40 e munições. Este foi um dos tipos de munição usado no crime. Ao todo foram recolhidas cerca de 700 armas dos calibres 0.40 e 0.38, no batalhão de São Gonçalo. Agora começa um trabalho extenso de perícia. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) terão que fazer disparos com cada uma das armas para comparar os projéteis com os que foram recolhidos no local do crime e no corpo de Patrícia.

“Já está certo que esses três (policiais militares) participaram efetivamente do crime. Se, no curso das investigações, houver mais alguém suspeito, com certeza será investigado”, disse o delegado, que vai ouvir na tarde de hoje os depoimentos dos PMs presos.

Depoimentos – Os interrogatórios serão individuais. Com a repetição de perguntas e o detalhamento de passos de cada um deles na noite do crime, os policiais tentam encontrar contradições e descobrir possíveis novos envolvidos no planejamento do crime. Na segunda-feira, os três foram levados à DH por volta das 16h30 de ontem.

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Cerca de 90 policiais fazem diligências para cumprir 18 mandados de busca e apreensão nas casas de outros policiais do Grupo de Ações Táticas do 7º BPM (São Gonçalo), onde trabalhavam os PMs suspeitos. Também estão sendo cumpridos mandados em residências de pessoas ligadas aos três policiais.

Ontem, 15 mandados foram cumpridos nas casas deles e de familiares. Investigadores da DH também apreenderam 695 revólveres e pistolas do 7º BPM. As armas vão passar por uma perícia para verificar se foram usadas no assassinato da juíza.

Crime planejado – Os policiais militares indiciados pelo assassinato da juíza Patrícia Acioli queriam evitar que ela decretasse suas prisões. Os três também constam na lista de acusados da morte de Diego de Souza Beliene, de 18 anos, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, no mês de junho.

Ettore comentou a informação de que imagens do circuito de vigilância da ponte Rio-Niterói teriam gravado um dos PMs fugindo para a capital fluminense após o assassinato de Patrícia. “Todas as imagens estão sendo checadas e encaminhadas à perícia. É um trabalho demorado, são provas técnicas e por conta disso acreditamos que vamos concluir essa parte em cerca de 30 dias, que é o prazo da prisão temporária.”

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A advogada dos PMs, Alzira de Castro Garcia, esteve na DH. “Tranquilos, acredito que eles não podem estar. Não tive acesso a nada, ainda. Foi avisado a eles que seriam ouvidos. Não alegaram nada, foram pegos de surpresa, eu fui pega de surpresa”, disse Alzira.

Ontem, o delegado Ettore, disse que a advogada de um dos PMs avisou a ele que Patrícia iria decretar as prisões dos três, que então decidiram executá-la. O nome da mulher não foi divulgado, mas Alzira negou ter sido ela. “Eu nem os conhecia”, disse.

(Com Agência Estado)

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