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PMs acusados de matar menino Juan são presos no Rio

Por Da Redação
21 jul 2011, 18h34

Os quatro policiais militares suspeitos de envolvimento no desaparecimento e assassinato do menino Juan de Moraes, de 11 anos, foram presos nesta tarde. Eles foram levados para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Benfica, na zona norte da cidade. Os mandados de prisão temporária foram cumpridos pela Corregedoria da PM, 31 dias depois da operação policial que resultou na morte de Juan. Na quarta-feira, o delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, Ricardo Barbosa, responsável pela investigação do caso, informou que só a polícia atirou durante a operação.

“De acordo com as provas recolhidas, Juan morreu com um tiro no pescoço e foi baleado por policiais militares”, afirmou Barbosa. Um vídeo feito por um morador logo após o ocorrido foi uma prova importante. Nele, ficam esclarecidos locais onde tinha sangue, cartuchos encontrados e marcas de tiros. Os cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, e os sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares são acusados de dois homicídios duplamente qualificado s- de Juan e de Igor de Souza Afonso – e de duas tentativas de homicídio duplamente qualificado – de Wesley, irmão de Juan, e de Wanderson dos Santos de Assis, ambos incluídos no programa de proteção à testemunha.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense concluiu que no dia 20 de junho Juan foi executado pelos policiais que participaram de uma operação forjada, na qual não houve troca de tiros com criminosos, na Favela Danon, em Nova Iguaçu. Na última terça-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) havia pedido a prisão temporária dos PMs.

Os policiais mudaram suas versões sobre o crime algumas vezes. Uma delas foi quando, logo após o auto de prisão em flagrante, disseram que houve um confronto contra seis bandidos. Na delegacia, mudaram a fala, e afirmaram que era apenas contra duas pessoas. O GPS das viaturas policiais mostrou que os PMS desembarcaram por volta das 18h30 da viatura, e não Às 20h, como os militares haviam dito.

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O GPS também serviu para revelar que os policiais demoraram, no mínimo, 23 minutos para socorrer Igor. Um tempo considerado muito longo, segundo Barbosa. O aparelho mostra que a viatura não foi até o local onde o corpo de Juan foi encontrado. “Isso era esperado. Os policiais sabiam que havia um GPS na viatura. Por isso, precisamos aguardar o retorno das empresas de telefonia (que ainda não deram resposta sobre o pedido de quebra de sigilo)”, afirma o delegado.

(Com Agência Estado)

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