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PMDB deixa em aberto voto por Fachin

Nos bastidores, decisão foi vista como uma forma de não contrariar o presidente do Senado, Renan Calheiros, insatisfeito com o indicado por Dilma

Por Da Redação
14 Maio 2015, 11h23

A bancada do PMDB do Senado não vai orientar voto a favor ou contrário à indicação do jurista Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF). Oficialmente, o discurso do líder do partido, senador Eunício Oliveira (CE), é de que não há como encaminhar uma posição por se tratar de votação secreta. Nos bastidores, porém, a medida foi vista como uma forma de não contrariar em público o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que nunca escondeu o descontentamento em relação à escolha de Fachin pela presidente da República, Dilma Rousseff.

“O voto é secreto, não há como fazer encaminhamento oficial da liderança”, afirmou Oliveira. O líder do PMDB, no entanto, disse ter considerado muito bom o desempenho de Fachin na sabatina de terça-feira, por ter respondido a todos os questionamentos. Na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadores importantes da sigla, como o ex-líder do governo Romero Jucá (RR) e o ex-ministro Garibaldi Alves (RN), declararam que votariam pela aprovação do indicado ao STF.

Pela toga, Fachin renega seus radicalismos em sabatina

Na quarta-feira, mesmo após apelos de senadores da base, Renan manteve a posição de só levar o nome de Fachin ao plenário na próxima terça. O presidente do Senado alegou ter fixado a data para mostrar “neutralidade” em relação ao tema. “Marcamos para terça-feira exatamente para desfazer qualquer conotação em relação à condução do presidente. Porque se você improvisa, se você votar a qualquer hora, qualquer dia, vai sempre aparecer alguém que vai dizer: votou hoje para administrar um quórum menor. Ou que votou antecipadamente para utilizar um quórum maior”, disse Renan.

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Além do PMDB, que conta com dezessete senadores, outros partidos da base, como PDT e PP, decidiram não fechar questão sobre o assunto – quando a bancada define um voto comum. A liderança do PSB também não encaminhou nenhuma posição. Na oposição, o PSDB tem declarado ser contra o nome de Fachin, mas liberou o senador Álvaro Dias (PR) para fazer campanha pelo jurista – Fachin é gaúcho, mas fez carreira no Paraná. A única bancada que declara apoio em peso ao indicado de Dilma é a do PT.

O placar de 20 a 7 favorável ao jurista na CCJ foi considerado bom pelo governo Dilma e a expectativa, neste momento, é de que a proporcionalidade se repita em plenário, embora o governo esteja ciente das dificuldades. Dilma, segundo auxiliares, ficou “satisfeita” com o resultado da sabatina. Apesar de alguns assessores palacianos considerarem que teria sido melhor que a votação em plenário tivesse ocorrido ainda nesta semana, parte da equipe do Planalto acredita que o prazo até a próxima terça-feira será benéfico para “vencer resistências” entre os aliados.

(Com Estadão Conteúdo)

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