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Pastor Marcos Pereira, ‘o conquistador’: grampos flagram conversas do religioso com fiéis

Preso por estupro, líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud) mantinha diálogos picantes com mulheres que, segundo a polícia, frequentavam seus templos

Por Da Redação
22 Maio 2013, 17h52

As pregações do pastor Marcos Pereira, preso pela polícia do Rio acusado de uma série de estupros, poderiam começar com o mandamento “façam o que eu digo, não façam o que eu faço”. Desmascarado a partir de depoimentos de vítimas de abuso sexual, e ainda investigado por crimes como ligação com o tráfico de drogas, ameaças e vários tipos de violência contra crianças, Marcos Pereira foi flagrado também em escutas telefônicas tendo diálogos de conteúdo picante com mulheres que seriam fiéis da Assembleia de Deus dos Últimos Dias (Adud), uma estranha corrente de inspiração evangélica criada por ele na cidade de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

Grande parte das gravações é impublicável. Os trechos mais amenos contêm frases como “tô com saudade do teu rabo”, em um diálogo com uma mulher que aparentemente relaciona-se com o líder religioso com frequência.

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A exposição da relação de Marcos Pereira com as fiéis contribui para a implosão moral de alguém que obrigava mulheres a cobrir todo o corpo, dos pés à altura do pescoço, e impedia até que suas seguidoras se depilassem – uma norma conhecida pelos integrantes da Adud.

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Em outros trechos, uma fiel afirma que tem “um negócio muito legal, que o senhor ia amar”. Ela fala de uma lingerie, e em seguida é repreendida pelo pastor. “Fica ligada, tá”. O alerta é um receio de que roupas insinuantes sejam vistas por outros membros da Adud, o que prejudicaria a imagem do pastor. Nas gravações também surgem referências a um apartamento em Copacabana onde, de acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, eram realizadas orgias com participação de fiéis.

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