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Paraenses vão às urnas decidir sobre a divisão do estado

Eleitores terão de responder se concordam ou não com a criação dos estados de Carajás e Tapajós. Votação será encerrada às 17 horas

Por Bruno Abbud, de Belém
11 dez 2011, 08h20

Até o fim da tarde deste domingo, os 4.842.286 eleitores paraenses irão às urnas responder a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Tapajós?” e “Você é a favor da divisão do Estado do Pará para a criação do Estado do Carajás?”. O plebiscito que pode ser o primeiro passo em direção à divisão do Pará e à criação dos estados de Carajás e Tapajós começou às 8 horas e segue até as 17 horas, no horário local.

Caso a resposta da maioria seja “sim” para uma ou para as duas questões, a decisão sobre a divisão do estado passará pelo Congresso Nacional e, posteriormente, pela sanção ou veto da presidente Dilma Rousseff, conforme determina a Constituição. Caso seja “não”, a questão é encerrada.

Ao todo, 14.281 locais de votação serão instalados por todo o estado ─ 277 deles, considerados de difícil acesso, terão o apoio de equipamentos de transmissão de dados via-satélite, informou o TSE. Exatamente 18.083 urnas eletrônicas estarão à disposição do eleitorado paraense. Carros de som, passeatas, carreatas e manifestações sonoras de qualquer natureza estão proibidos, sob pena de seis meses a um ano de detenção (ou prestação de serviço à comunidade pelo mesmo período) e multa no valor de 5.320,50 reais a 15.961,50 reais. Camisetas e broches estão liberados.

Em 16 municípios (Altamira, Brasil Novo, Monte Alegre, Santarém, Alenquer, Óbidos, Juruti, Marabá, Oriximiná, Santana do Araguaia, São Félix do Xingú, Redenção, Tucumã, Ourilândia do Norte, Pacajá e Anapú), policiais estão a postos para manter a ordem durante a votação. Em Capanema, a leste de Belém, 42.790 eleitores serão identificados por meio de suas impressões digitais ─ o chamado processo da Biometria.

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Pesquisas – Na última sexta-feira, dia 9, uma pesquisa do Instituto Datafolha indicou que 65% dos paraenses são contra a criação de Carajás (no sudeste do Pará) e 64% não concordam com a criação de Tapajós (no oeste do Pará). Por outro lado, 31% são a favor de Carajás e, 32%, de Tapajós. Os indecisos somam 4%. O Datafolha ouviu 1.213 eleitores em 53 municípios do Pará nos dias 6, 7 e 8 de dezembro.

Desinformação ─ Depois de percorrer a região que pode abrigar a tríplice fronteira entre Tapajós, Carajás e o chamado Pará remanescente ─ mais precisamente os municípios de Altamira, Anapu e Senador José Porfírio ─, a reportagem do site de VEJA mostrou que, a poucos dias do plesbiscito, grande parte da população permanecia completamente desinformada. A despeito da desinformação, a decisão que virá à tona neste domingo pode determinar uma série de mudanças na vida dos paraenses e de todos os brasileiros de maneira geral.

Tais impactos vão desde uma nova repartição dos recursos federais até a alteração de identidades culturais, passando pela necessidade de construção de novas assembleias, tribunais, palácios, quarteis, pela criação de cargos eletivos e comissionados e pela possiblidade de se aumentar a carga tributária a nível nacional. Mesmo assim, tudo indica que hoje a escolha dos paraenses será inteiramente baseada em argumentos emocionais.

Instruções – Para votar “sim”, o eleitor terá de apertar na urna o número 77. Para votar “não”, as teclas digitadas devem corresponder ao número 55. O voto é obrigatório para todos os eleitores paraenses. De acordo com o TSE, quem não comparecer à votação terá 60 dias para apresentar uma justificativa à Justiça Eleitoral, contados a partir do dia do plebiscito. A justificativa deverá ser dirigida ao juiz da zona onde o eleitor estiver inscrito e poderá ser entregue em qualquer cartório eleitoral do país até 9 de fevereiro de 2012.

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