No Rio, verão da espuma prejudica banhistas
São Conrado apresentou o mesmo problema visto domingo na praia do Leblon
Banhistas se assustaram nesta terça-feira com a espuma espessa que se formou perto das pedras que separam a Avenida Niemeyer do mar, em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Foi mais um dia de mar com sinais de poluição, um cenário que predomina a orla carioca desde a virada do ano.
No domingo, o mesmo fenômeno foi visto na praia do Leblon e, quarta-feira passada, quem se arriscou em outras praias da Zona Sul também teve de se deparar com uma espuma esverdeada pela manhã. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) insiste que os níveis de poluição do mar não são preocupantes e que não há risco aos banhistas.
Na maioria dos casos, a proliferação de algas é apontada como fator responsável pela aparição da espuma. O oceanógrafo David Zee, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), alerta que isso é – sim – sinal de contaminação, porque a concentração de algas depende da presença de matéria orgânica na faixa litorânea.
“Funciona como indicador de que podem existir micro-organismos oriundos do esgoto e da sujeira da cidade. Isso se torna um indicador de que não há uma condição muito normal”, explicou Zee.
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