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No Rio, tucanos se aproximam de Garotinho para fazer frente ao PMDB em 2012

Aliança na capital está descartada, mas PSDB e PR começam a desenhar coligação para fazer frente ao rolo compressor do governador Cabral

Por Cecília Ritto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 dez 2011, 05h53

Às vésperas do início de um ano eleitoral, o empenho dos partidos para fazer frente ao rolo compressor do PMDB no estado do Rio cria um estranho ‘magnetismo’ entre siglas que, até então, pareciam incompatíveis. Depois de o DEM, de Cesar e Rodrigo Maia, se unir ao PR, do clã Garotinho, o partido do ex-governador se aproxima dos tucanos. Na capital, onde PSDB e DEM terão candidatos próprios, cada um tomará seu rumo. Mas, nos demais 91 municípios do estado, desenha-se um acordo.

A coligação PSDB-PR tem dois pontos de conexão no Rio. Na capital, o presidente do diretório estadual do PSDB, o deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, tem conversado com Clarissa Garotinho, do PR – ela será candidata a vice-prefeita ao lado de Rodrigo Maia. Em comum, Correa da Rocha e Clarissa comandam focos de oposição ao governador Sérgio Cabral. A outra ponte que vem sendo construída é entre os deputados Otávio Leite, provável candidato tucano à prefeitura do Rio, e Anthony Garotinho. O assunto entre os dois é a resistência à mudança na partilha dos royalties do petróleo. “Essa trincheira (royalties) na qual nos engajamos é um espaço para dialogarmos sobre o Brasil e o estado do Rio”, afirma Leite.

O PSDB tem organização partidária em 89 dos 92 municípios do Rio de Janeiro. Mas os movimentos migratórios nos últimos cinco anos, com as prefeituras quase totalmente controladas por aliados do governador Sérgio Cabral, desequilibrou o jogo. Para tentar recuperar espaço, a expectativa é de que o PSDB lance candidaturas próprias para as prefeituras de 30 cidades.A aliança com o PR é também uma chance para os tucanos aumentarem sua influência nos municípios do norte fluminense, onde a família Garotinho tem a sua maior base de apoio. Em Campos dos Goytacazes, cidade comandada atualmente por Rosinha Garotinho, condenada por uso indevido de veículo de comunicação social, é quase certo o apoio tucano.

“Podemos ter alianças em outros municípios, tanto no interior quanto na capital. Vamos começar essa discussão ainda”, afirma Correa da Rocha. “Primeiro pensaremos no partido (PSDB) e depois nos que tem algum nível de proximidade”, explica o deputado. Os tucanos vão se aliar prioritariamente, no Rio, ao PR, DEM e PPS, mas não descartam conversas com outras siglas.

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Reconstrução – A eleição de 2012 é estratégica para os tucanos, que vêm se enfraquecendo no Rio. Atualmente, na capital, há apenas dois vereadores na Câmara Municipal. São somente três deputados estaduais, três prefeitos e dois vice-prefeitos, segundo informações do site do PSDB. Bater o pé para ter um candidato próprio na capital, onde a visibilidade é maior, faz parte da tentativa de promover uma virada tucana no estado. Nos outros municípios, associar a imagem do PSDB à do PR, mais popular, pode ser uma saída para aumentar a capacidade de influência do partido após 2012.

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