Uma multidão foi ao cemitério Santo André, na tarde desta segunda-feira para velar o corpo da adolescente Eloá Cristina, de 15 anos, que morreu depois de levar dois tiros do ex-namorado Lindemberg Fernandes Alves, que a manteve refém por 100 horas em um conjunto habitacional em Santo André. O corpo chegou por volta de 15 horas e foi recebido com aplausos.
Os familiares da adolescente tiveram alguns minutos para velá-la antes que fosse permitido o acesso do público e da imprensa. Segundo a Polícia Militar, por volta de 17h30 havia cerca de 4.000 pessoas no cemitério. Um cordão foi montado para que as pessoas passem rapidamente diante do caixão. O enterro deve ocorrer às 9 horas de terça-feira.
A aglomeração foi tanta no local que nove pessoas precisaram de atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), sendo que duas delas – um homem alcoolizado e uma gestante – foram encaminhadas para o Centro Hospitalar de Santo André.
Após a constatação da morte cerebral de Eloá na noite de sábado, os pais da menina decidiram doar os órgãos dela. O coração da jovem foi retirado e levado por volta das 4 horas desta segunda-feira de carro para o hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Em seguida, os médicos retiraram os pulmões, foram levados para o Instituto do Coração, também na capital. O fígado, os rins e o pâncreas da adolescente foram levados para o Instituto Dante Pazzanese, no Ibirapuera. As córneas também foram retiradas. Os nomes dos pacientes que receberão os órgãos da menina não foram informados.
VEJA Mercado - quinta, 2 de maio
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