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Marina muda capítulo sobre casamento gay de programa

Nova versão do plano de governo opta por uma redação genérica sobre o tema; capítulo sobre energia nuclear também foi alterado neste sábado

Por Da Redação
30 ago 2014, 13h41

A coordenação da campanha da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, fez uma modificação substancial no capítulo “LGBT” (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) do programa de governo divulgado na sexta-feira. Na página 216, constava que a candidata defendia “apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário” e a “aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil”. A campanha, entretanto, decidiu recuar e optou por uma redação mais genérica: “Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.

A versão inicial surpreendeu até mesmo a comunidade LGBT, já que Marina é evangélica e nunca defendeu o casamento gay. Em nota, a campanha afirmou que o documento anunciado ontem contém “falha processual na editoração” e “incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT”. Segue a nota: “Convém ressaltar que, apesar desse contratempo indesejável, tanto no texto com alguns equívocos como no correto, permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos”.

Trechos – Na página 215 do programa, o texto dizia: “Ainda que tenhamos dificuldade para admitir, vivemos em uma sociedade sexista, heteronormativa e excludente em relação às diferenças”. E ressaltava que “uma sociedade em que somente a maioria – seus valores, tabus e interesses – é atendida pelo poder político, enquanto minorias sociais e sexuais silenciam, não pode ser considerada democrática”.

A nova redação do tema ficou assim: “Ainda que tenhamos dificuldade para admitir, vivemos em uma sociedade que tem muita dificuldade de lidar com as diferenças de visão de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas em cada área da vida. Essa dificuldade chega a assumir formas agressivas e sem amparo em qualquer princípio que remeta a relações pacíficas, democráticas e fraternas entre as pessoas”.

A versão modificada aponta ainda que “a democracia só avança se superar a forma tradicional de supremacia da maioria sobre a minoria e passar a buscar que todos tenham formas dignas de se expressar e ter atendidos seus interesses. Os grupos LGBT estão entre essas minorias que têm direitos civis que precisam ser respeitados, defendidos e reconhecidos, pois a Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei”.

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Nuclear – A segunda correção foi a exclusão da energia nuclear como fonte importante de geração de energia para o país. Na página 144, o programa de energia nuclear foi apontado como um dos que merecem atenção para aperfeiçoamento e aumento de sua participação na matriz energética brasileira.

Contudo, a campanha informou que, sobre o tema, o que deve ser seguido está na página 65, no item 3: “Realinhamento da política energética para focar nas fontes renováveis e sustentáveis, tanto no setor elétrico como na política de combustíveis, com especial ênfase nas fontes renováveis modernas (solar, eólica, de biomassa, geotermal, das marés, dos biocombustíveis de segunda geração”.

(Com Estadão Conteúdo)

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