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Marina Silva decide filiar-se ao PSB, de Eduardo Campos

Não está definida a composição da chapa entre os dois. Por ora, ambos serão tratados como possíveis presidenciáveis - e pesquisas devem nortear a decisão

Por Otávio Cabral, de São Paulo, e Laryssa Borges, de Brasília
5 out 2013, 12h07

A ex-senadora Marina Silva decidiu filiar-se ao PSB de Eduardo Campos, governador de Pernambuco. O anúncio oficial será feito na tarde deste sábado, último dia para que Marina opte por um partido a tempo de disputar as eleições do ano que vem. A escolha de Marina pelo PSB se dá de modo a formar uma “terceira via” no cenário político nacional – e quebrar a polarização entre PT e PSDB, que domina a política brasileira desde 1994. A tendência é que ela concorra como vice na chapa de Campos.

Com um capital político de 20 milhões de votos nas eleições de 2010, Marina era cortejada por pelo menos sete partidos. Oficialmente, Marina e Campos não bateram o martelo como será composta a chapa entre os dois. Por ora, ambos deverão ser tratados como possíveis candidatos – e o partido pode definir seu presidenciável com base em pesquisas de intenção de voto no ano que vem.

Campos desembarcou em Brasília já na sexta-feira para costurar os detalhes finais da filiação. Na manhã deste sábado, outros caciques do partido chegaram à capital federal para discutir os termos da entrada de Marina no bloco socialista. Entre os próprios pessebistas, a ideia era que Marina pudesse ser anunciada como nova filiada à sigla ainda na sexta, mas a presidenciável preferiu conversar com outras legendas que também lhe ofereceram espaço para justificar sua decisão e agradecer os convites. Foi por este motivo que esteve reunida com o presidente do PPS, Roberto Freire, neste sábado.

A decisão de aderir ao PSB foi tomada na madrugada em uma reunião em Brasília com sete fundadores da Rede e alguns deputados que apoiaram o projeto, como Reguffe (DF), Miro Teixeira (RJ) e Walter Feldman (SP). Durante a conversa, o grupo se dividiu – uma parte afirmou temer que Campos pudesse recuar e apoiar a reeleição de Dilma Rousseff, o que acabaria colocando Marina e a Rede na chapa petista. A ex-senadora, entretanto, reafirmou ter ouvido de Eduardo Campos que a decisão de disputar as eleições presidenciais já está consolidada. Para reforçar, ele lembrou que o PSB desembarcou do governo Dilma no mês passado e entregou os ministérios que chefiava.

Segundo relato de aliados, Marina disse que a opção pelo PSB “era a melhor alternativa para derrotar Dilma” e que “o PT está tentando implantar o chavismo no Brasil”. Ela chegou a afirmar também que o PT teria mobilizado sua militância para destruir seu projeto nas redes sociais.

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Desde a noite desta quinta-feira, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou, por seis votos a um, o registro à Rede Sustentabilidade, Marina e seus apoiadores têm discutido que caminho seguir. Familiares e militantes conhecidos como “sonháticos” defendiam que a ex-senadora abrisse mão de se filiar a uma legenda para continuar a recolher assinaturas para a Rede e manter a coerência de não se alinhar a partidos que não tivessem a mesma afinidade programática que ela. O PPS, por exemplo, um dos primeiros a lhe oferecer a legenda, apoiou ruralistas na votação do Código Florestal, no Congresso.

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Políticos que contavam com a Rede para disputar as eleições, como os atuais deputados Alfredo Sirkis e Miro Teixeira, defendiam que ela não desprezasse os 19,6 milhões de votos que conseguiu na disputa presidencial de 2010 e que não ignorasse as pesquisas de intenção de votos que a colocam na segunda colocação, atrás apenas da petista Dilma Rousseff.

Racha na Rede – Desde o início da costura da Rede, a partir de fevereiro, parlamentares admitiam nos bastidores desconforto com a forma como Marina Silva lidava com aliados. Para eles, ela deva atenção exclusiva a seu projeto pessoal e não ouvia necessidades mais prementes dos correligionários, que também precisariam negociar a formação de palanques estaduais para serem competitivos em 2014.

Depois do impasse gerado com a decisão do TSE da última quinta-feira, apoiadores começaram a procurar outras legendas para concorrer nas eleições do próximo ano. O deputado Miro Teixeira (PDT), por exemplo, deixou o PDT e se filiou ao Pros. Domingos Dutra (MA), um dos fundadores do PT, também escolheu uma nova legenda, o recém-criado Solidariedade.

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