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Máfia da merenda: em foto, funcionário da Coaf ostenta dinheiro de propina

A imagem é de Carlos Luciano Lopes, vendedor da cooperativa que fraudou contratos de fornecimento de merenda escolar em São Paulo. Em depoimento em janeiro, ele citou a atuação de políticos no esquema de corrupção

Por Da Redação
14 abr 2016, 20h14

Nas investigações da Operação Alba Branca, que apura fraudes em contratos de fornecimento de merenda escolar em ao menos 22 cidades do estado de São Paulo, a Polícia Civil apreendeu uma foto em que um dos envolvidos na chamada “máfia da merenda” exibe maços de notas de 2, 10, 20 e 50 reais. A imagem, publicada hoje pelo Jornal Hoje, da TV Globo, mostra Carlos Luciano Lopes, um dos vendedores da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), centro do esquema de corrupção, contando dinheiro recebido de propinas, segundos os investigadores da Alba Branca.

Em depoimento prestado na deflagração da operação da Polícia Civil, em janeiro, Lopes relatou a relação nada republicana entre a Coaf, políticos e funcionários públicos paulistas. Foram citados os deputados federais Baleia Rossi (PMDB-SP) e Nelson Marquezelli (PTB-SP) e o ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo de Geraldo Alckmin, Luiz Roberto dos Santos, conhecido como “Moita”.

Segundo Carlos Luciano Lopes, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB), “aliado” do lobista Marcel Ferreira Júlio, seria destinatário de dinheiro desviado pela Coaf. De acordo com o ex-funcionário da Coaf, “parte do dinheiro da ‘comissão’ entregue a Marcel, tinha como destinatário o deputado Fernando Capez, e a outra parte ficava com o próprio Marcel”. Capez nega envolvimento no esquema.

O tucano também foi citado na delação premiada de Marcel Ferreira Julio. O lobista estava foragido desde a deflagração da operação e se entregou à polícia há duas semanas, quando iniciou os depoimentos de seu acordo de colaboração com o Ministério Público paulista, homologado na semana passada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

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Segundo publicou o jornal O Estado de S. Paulo, Marcel teria dito que, ao fim de um encontro com Capez em seu escritório, em São Paulo, à época das eleições de 2014, “o deputado esfregou indicador e polegar, das duas mãos, rindo e de braços abertos, enquanto dizia: ‘não esquece de mim, hein, estou sofrendo em campanha!'”.

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Operação Alba Branca – Deflagrada em janeiro, a operação Alba Branca resultou, em sua primeira fase, na prisão de seis pessoas suspeitas de fraudes em contratos para o fornecimento de merenda em troca de pagamento de propina para agentes públicos.

Em sua segunda fase, em março, a operação prendeu mais oito pessoas em cinco cidades paulistas, entre as quais o ex-presidente da Alesp Leonel Julio, pai do lobista Marcel Ferreira Julio. Marcel se entregou à polícia em Bebedouro (SP) dois dias depois.

Além de Ferreira Julio, o ex-presidente da Coaf Cássio Izique Chebabi também fechou acordo de delação premiada com o MP, homologado em março pela comarca de Bebedouro.

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(da redação)

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