O delegado Sergio Luditza, responsável pelo caso de cárcere privado das adolescentes Eloá Pimentel e Nayara Rodrigues, em Santo André, concluiu nesta sexta-feira o inquérito do caso e entregou o documento ao promotor Antônio Nobre Folgado. No texto, além do indiciamento de Lindenberg Alves, que manteve as meninas reféns e atirou nas duas, o delegado também indiciou o pai de Eloá, Everaldo dos Santos, por falsidade ideológica, uso de documento falso e porte ilegal de armas.
Lindemberg Alves foi indiciado por homicídio doloso (com intenção) qualificado, duas tentativas de homicídio doloso qualificado, disparo de arma de fogo e perigo ou periclitação da vida. O cálculo do promotor é que, se condenado, ele deve receber a pena de pelo menos 25 anos de prisão.
Everaldo dos Santos é procurado pela polícia de Alagoas por assassinato e por integrar um grupo de extermínio. Por isso, mantinha uma identidade falsa em São Paulo, com o nome de Aldo Pimentel. Na casa dele também foi encontrada uma espingarda calibre 22, que Lindemberg usou durante as 100 horas de cárcere privado.
O inquérito com 185 páginas contém o depoimento de 26 pessoas, mas ainda não tem os laudos periciais. Também faltam as informações da reconstituição do crime, que ainda não tem data marcada para acontecer. O promotor tem cinco dias úteis para fazer a denúncia à Justiça com base nas investigações.