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Líder de caminhoneiros ataca governo e descarta proposta

Para Ivar Schmidt, que utiliza o Whatsapp para conversar com colegas grevistas e abomina os sindicatos, o que Executivo propôs é um absurdo

Por Gabriel Castro, de Brasília
25 fev 2015, 21h47

O caminhoneiro Ivar Schmidt é o principal porta-voz do Comando Nacional do Transporte, uma entidade sem personalidade jurídica que tem causado dor de cabeça tanto ao governo quanto aos sindicatos que deveriam representar a categoria. Líder do movimento que paralisa estradas em todo o país, ele conversou com a reportagem do site VEJA na noite desta quarta-feira. Minutos antes, Ivar havia deixado uma reunião infrutífera com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, que tomou a frente das negociações sobre o tema.

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A audiência só ocorreu por insistência de Ivar. Durante o dia, Rossetto priorizara o diálogo com os sindicatos de caminhoneiros – embora a paralisação tenha sido articulada sem a participação de entidades de classe. O diálogo entre os representantes regionais do movimento se dá por meio das redes sociais e principalmente pelo aplicativo de celular Whatsapp, que permite a troca instantânea de mensagens. Foi por meio do programa que, na noite desta quarta-feira, Ivar orientou os colegas a manterem o bloqueio. Confira a entrevista:

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Como foi a reunião com o ministro Miguel Rossetto?

Desde ontem o pessoal do governo tenta me desqualificar como representante do movimento. Hoje a gente participou da reunião, o governo expôs alguns absurdos e no meio dessa reunião tentaram me desqualificar novamente. Eu me retirei da reunião, porque a gente não concorda com aquilo que foi exposto. Aí me levaram para outra sala, falamos com o Robinson Almeida, do gabinete do ministro, e ele expôs as mesmas ideias.

Ele disse que não reconhecia a sua liderança?

Isso.

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O que o senhor achou da proposta do governo?

Isso é um absurdo. Nós estamos com lucro zero, aí o governo nos propõe de ficar tendo lucro zero mais seis meses. Eu acho que eles não regulam certo da cabeça. Devem estar com problema. Infelizmente não teve acordo, nós não aceitamos a proposta.

Quantos são os pontos de bloqueio hoje?

São 128 pontos de bloqueio, em nove estados.

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O senhor tem influência sobre quantos desses pontos?

Cerca de cem. Eu acho que hoje deve ter aumentado, porque a gente criou um grupo de Whatsapp para todos os líderes e eles foram adicionando outros colegas.

Esse episódio mostra que os sindicatos perderam o poder de representatividade?

Com certeza. O nosso movimento abomina sindicato, associação, federação, confederação. E esses segmentos tentaram nos representar nas últimas décadas e nunca resolveram nosso problemas. Então, a gente está aqui. Vou ficar em Brasília até resolver isso.

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Há alguma reunião marcada para esta quinta-feira?

O secretário do ministro ficou de nos telefonar para marcar uma reunião.

Qual foi o recado que o senhor passou aos colegas pelo Whatsapp depois do encontro com o ministro?

O recado é claríssimo: o movimento continua.

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