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Lava Jato suspeita que verba da Odebrecht era para memorial de Lula

Planilha apreendida pela PF na operação Acarajé mostra um possível repasse de R$ 12,4 milhões da empreiteira ao "Prédio IL", que, conforme as apurações, pode ser uma referência ao Instituto Lula

Por Da Redação
25 fev 2016, 10h05

A força-tarefa da Operação Lava Jato suspeita que o montante de 12,4 milhões de reais citado em uma planilha apreendida pela Polícia Federal na 23ª fase da operação, a Acarajé, pode estar relacionado ao projeto do Instituto Lula de construir o Memorial da Democracia, em São Paulo. A informação foi publicada em reportagem do jornal O Globo nesta quinta-feira.

A tabela encontrada foi encontrada em um e-mail secreto atribuído ao executivo da Odebrecht Fernando Migliaccio, que foi preso na Suíça enquanto tentava fechar contas bancárias em Genebra. Em uma das anotações no documento, está escrito “Prédio (IL)” ao lado da quantia de 12,4 milhões de reais. A PF relacionou as letras com o Instituto Lula e levantou a possibilidade de os recursos terem sido usados para pagar despesas da entidade pela Odebrecht.

“Assim, caso a rubrica ‘Prédio (IL)’ refira-se ao Instituto Lula, a conclusão de maior plausibilidade seria a de que o Grupo Odebrecht arcou com os custos de construção da sede da referida entidade e/ou de outras propriedades pertencentes a Luiz Inácio Lula da Silva”, diz o texto assinado pelo delegado da PF Filipe Pace.

O prédio do Memorial da Democracia seria construído em um terreno de 4,3 mil metros quadrados, que foi cedido pela prefeitura de São Paulo sem licitação, no bairro da Luz, centro de São Paulo. A obra foi paralisada, no entanto, após o Ministério Público de São Paulo entrar com uma ação contra o Instituto Lula e a administração municipal.

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Na época do lançamento do memorial, em 2012, Paulo Vanucchi, encarregado do projeto, afirmou que ele seria construído integralmente com doações da iniciativa privada. Ao atender ao pedido do MP, o juiz Adriano Laroca, da 12ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, proibiu que a obra fosse iniciada, argumentando que o terreno deveria ser para uso público e que havia o risco de que o memorial se tornasse em um lugar de “promoção pessoal do ex-presidente Lula e de seu partido”.

Com base nos indícios aventados na tabela, a delegado escreveu no inquérito que o “possível envolvimento” de Lula com “práticas criminosas” deve ser investigado com “parcimônia”, “o que não significa que as autoridades policiais devam deixar de exercer seu míster constitucional”.

(Da redação)

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