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Lava Jato: documentos de operador reforçam acusação de cartel

Força-tarefa da operação encontrou 31 notas fiscais da Riomarine, que pertence a Mário Frederico de Mendonça Góes, emitidas para empreiteiras

Por Da Redação
1 mar 2015, 11h02

A Operação Lava Jato encontrou contratos e notas fiscais de consultoria que envolvem sete empreiteiras acusadas de cartel e corrupção na Petrobras e foram firmados com a empresa Riomarine Oil e Gas, que pertence a Mário Frederico de Mendonça Góes. Preso desde 8 de fevereiro, ele é acusado de ser um dos onze operadores de propina na Diretoria de Serviços da estatal, além de carregador de malas de dinheiro para o ex-diretor da petroleira Renato Duque.

Os documentos reforçam a acusação contra as empreiteiras citadas na operação, na visão dos investigadores. A força-tarefa da Lava Jato encontrou 31 notas fiscais da Riomarine emitidas para a Andrade Gutierrez que totalizam 5,3 milhões de reais e 14 notas para a UTC no total de 9,7 milhões de reais referentes a seis contratos – um deles uma parceria com a Odebrecht no valor de 1,5 milhão de reais.

Há ainda seis notas para a OAS, no valor total de 10,2 milhões de reais; dez notas para a MPE (9,3 milhões de reais) e outras 22 notas que totalizam 5,1 milhões de reais para o Consórcio Mendes Junior-MPE-Setal. As notas encontradas somam 39,7 milhões de reais.

Mário Góes, como é conhecido, foi um dos principais alvos da nona fase da Lava Jato, chamada de My Way. Único a ter prisão preventiva decretada na ocasião, há fortes indícios de que ele continuou atuando até novembro de 2014, mesmo após deflagrada a operação, segundo os investigadores. O fato foi considerado “perturbador” pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos do caso.

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A suspeita dos investigadores é de que foram firmados contratos fictícios de consultoria para encobrir o pagamento de propina. De acordo com o juiz, faltam detalhes do trabalho feito e a contratação de funcionários para realizá-lo.

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A ação de Góes no esquema de corrupção da Petrobras teria sido similar a do doleiro Alberto Youssef, que entregava dinheiro e cuidava da movimentação dos valores em contas no exterior. Seu papel seria o de “um intermediador profissional do pagamento de propinas por empresas privadas a dirigentes ou empregados da Petrobras”, segundo o despacho.

De acordo com os investigadores, o consultor era representante de empreiteiras no esquema montado na Diretoria de Serviços e na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras no setor de postos. Seu nome surgiu a partir do depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que fez acordo de delação premiada.

Em seu depoimento à polícia, Mário Góes manteve-se calado diante da maior parte das perguntas dos delegados. As empreiteiras que aparecem nos documentos apreendidos têm negado envolvimento com as irregularidades e afirmaram que não iriam se manifestar sobre a investigação em andamento.

(Com Estadão Conteúdo)

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