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Justiça concede habeas corpus a 40 presos na Operação Guilhotina

Grupo foi acusado de ligação com quadrilhas de traficantes de drogas, venda ilegal de armas e vazamento de informações sobre operações policiais

Por Da Redação
19 abr 2011, 17h42

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu habeas corpus para 40 pessoas presas na Operação Guilhotina, acusadas de envolvimento com quadrilhas de traficantes de armas e drogas e vazamento de informação para bandidos. A ação, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, resultou na prisão de integrantes da cúpula da segurança do Rio e teve, como seu principal desdobramento, a queda do chefe de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski. Três desembargadores da 7ª Câmara Criminal aprovaram o pedido por unanimidade nesta terça-feira. Entre os nomes beneficiados pela decisão está o do ex-subchefe operacional da Polícia Civil, Carlos Oliveira. Ele ocupou o cargo em 2009, quando Turnowski estava à frente da corporação.

A Operação Guilhotina teve como objetivo prender um grupo de policiais acusados de usar a condição de agente de segurança do estado para beneficiar traficantes mediante a cobrança de propina. Os agentes foram acusados de vender informações aos criminosos para facilitar a fuga antes das operações, dar cobertura à ação de milicianos e revender armas e drogas apreendidas pela própria polícia.

A ação da PF levou à queda do então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Allan Turnowski, que, depois, foi indiciado por crime contra a administração pública. A informação de que Turnowski teria alertado um policial sobre investigações da Polícia Federal foi divulgada logo após sua demissão, e negada por ele.

Na ocasião, o secretário estadual de segurança pública do Rio, José Mariano Beltrame, repudiou o envolvimento de policiais com a criminalidade. “Nenhuma polícia do mundo vira a página enquanto tiver em seus quadros esse tipo de gente”, disse. Segundo o secretário, era necessário cortar na própria carne.

Críticas à Operação Guilhotina, e à forma como foi feita à investigação, foram feitas pela primeira vez na semana seguinte às prisões. O promotor de Justiça Homero das Neves Freitas Filho afirmou que o indiciamento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Allan Turnowski, acusado pela Polícia Federal de “violação de sigilo funcional com dano à administração pública” foi como “esticar a caneta”. “Eu não vi vazamento da Operação Guilhotina com prejuízos ao estado”, afirmou o promotor, na época, ao site de VEJA.

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