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Investigado, Anastasia diz ser vítima de ‘obra de ficção’

Senador tucano foi citado no depoimento de um policial como beneficiário de 1 milhão de reais em recursos desviados da Petrobras para campanha

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 mar 2015, 17h05

Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sido citado no escândalo do petrolão, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) utilizou nesta terça-feira a tribuna do Senado – pela primeira vez desde que foi eleito – para negar que tenha recebido propina do esquema de corrupção e fraudes na Petrobras.

Anastasia foi citado em novembro do ano passado em depoimento do agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido como Careca e apontado como entregador de propina do doleiro Alberto Youssef. De acordo com Careca, que só apontou o suposto beneficiário do dinheiro após ser confrontado com uma foto de Anastasia, o tucano recebeu 1 milhão de reais em 2010 em uma casa de Belo Horizonte. Na época, Youssef teria dito que o destinatário era o senador, candidato à reeleição ao governo mineiro. Na sequência, porém, o doleiro negou ter enviado propina a Anastasia.

O senador tucano relatou sua trajetória política e disse que, em 30 anos de vida pública, “jamais, teve questionada a retidão ética”. “É lançada contra mim uma infâmia de grandes proporções, de forma cruel e covarde. Aquele que me envolve em toda esta situação não diz a verdade: ou mente ou se engana. Trata-se de singular personagem: policial federal, trai a sua instituição e se transforma em distribuidor de recursos ilícitos. Os fatos descritos são tão falaciosos e contrários à minha notória índole que serviriam para uma boa novela de ficção, não fosse a gravidade de se acusar um homem de bem”, disse.

“A fala de um desqualificado, sem qualquer compromisso com a verdade e sem qualquer prova do que alega, não pode macular trinta anos de ilibada vida pública”, completou. Após a manifestação de Anastasia, senadores tucanos como Aécio Neves (MG), José Serra (SP), Tasso Jereissati (CE), Cássio Cunha Lima (PB), Aloysio Nunes (SP) e Alvaro Dias (PR) fizeram discursos de apoio ao correligionário.

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“A barbaridade da história [que acusa Anastasia] e a fantasia que a emoldura são uma tese que não cabe no perfil de Anastasia. A acusação não surge de nenhuma das delações premiadas e será desmontada cabalmente”, disse o senador Aécio Neves. “Tenho a certeza absoluta que o episódio vai ser esclarecido com a maior rapidez possível”, completou Tasso.

“A história não fica de pé. Não há cheiro de verossimilhança. Vossa Excelência não tem nada a ver com essa história de Lava Jato, de petrolão, esse monstruoso esquema de corrupção, um esquema para sustentar um projeto de poder ao qual o senhor se opõe”, afirmou Aloysio Nunes. “Temos que ter um processo rápido para que essa ignomínia fique na lata de lixo, de onde nunca deveria ter saído”, disse José Serra, que classificou o escândalo do petrolão como um “esquema de corrupção como método de governo”.

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