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Anastasia é único nome da oposição com foro privilegiado a ser investigado

Senador tucano foi incluido na "lista de Janot" porque agente da PF que transpotava propina para Alberto Youssef disse ter entregue em 2010, em Belo Horizonte, mala com 1 milhão de reais a hometm identificado como "Anastasia"

Por Da Redação
6 mar 2015, 23h07

Mencionado na Operação Lava Jato, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) é o único nome da oposição na lista de políticos com foro privilegiado divulgada na noite desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ele será investigado, com vistas a uma possível denúncia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O pedido de investigação feito pela Procuradoria Geral da República (PGR) se apoia nos depoimentos do agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, que, segundo apurado pela Lava Jato, “prestava serviços de entrega de dinheiro para o escritório de lavagem de dinheiro de Alberto Youssef”.

Ao ser ouvido pelo Ministério Público, Oliveira Filho disse que fez uma entrega em 2010, em Belo Horizonte, para alguém que Youssef identificou como “Anastasia”. Os investigadores mostraram ao agente da PF uma foto do ex-governador de Minas Gerais e ele afirmou que a pessoa era “muito parecida com a que recebeu a mala enviada por Youssef, contendo dinheiro”. A remessa teria sido de um milhão de reais.

Em um depoimento posterior, contudo, Youssef, depois de confirmar uma série de remessas de valores a Minas Gerais, anotadas em uma planilha entitulada “Transcareca” apreendida em seu escritório, negou conhecer o político tucano e haver passado informações explícitas a Oliveira Filho para que ele entregasse dinheiro a alguém chamado Anastasia..

A petição do PGR justifica assim o requerimento para que o atual senador tucano seja investigado: “Nada obstante a negativa de Youssef de que tenha mencionado diretamente para Jayme o nome do senador Anastasia, ele confirmou que determinou a realização de entregas em Minas Gerais e que Jayme foi o responsável por elas. Por sua vez, a riqueza de detalhes apresentada por Jayme, somado ao reconhecimento pessoal do senador, apontam para a necessidade de aprofundamento das investigações”.

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A mesma petição recomenda ao STF abertura de investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e contra o deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA), que também teriam recebido propina transportada por Oliveira Filho.

Reação – Anastasia afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que por enquanto não irá comentar a inserção de seu nome na lista de investigados. “O senador não vai comentar enquanto o advogado constituído não tomar conhecimento do teor do processo”, declarou a equipe do tucano.

O PSDB se pronunciou por meio de nota e defendeu Anastasia. Apesar de expressar “supresa” com a menção ao tucano, o partido ressalta o “proceder irretocável” do ex-governador mineiro. “Temos a mais absoluta certeza de que tudo será plenamente esclarecido”. A nota é assinada pelo senador Aécio Neves (MG), presidente nacional da legenda.

(Da redação)

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