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Governo francês autoriza busca de corpos do AF-447

Navio partirá de Senegal no dia 22 de abril; na semana passada, as autoridades francesas haviam dito que talvez não fosse possível resgatar restos mortais das vítimas

Por Luciana Marques
19 abr 2011, 11h30

O governo francês avisou, na manhã desta terça-feira, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) brasileiro de que tentará resgatar os corpos das vítimas do voo 447 da Air France, que caiu no Atlântico em 31 de maio de 2009 enquanto fazia a rota Rio de Janeiro-Paris. O aviso foi feito por meio de uma ligação do Escritório de Investigação e Análise (BEA), órgão francês responsável pela investigação do acidente, ao Cenipa. Na semana passada, autoridades francesas chegaram a questionar a viabilidade técnica da operação, mas o BEA avisou que vai tentar efetuar o resgate.

O brigadeiro Carlos Alberto da Conceição disse que o governo francês autorizou o BEA a tentar retirar os corpos do fundo do oceano. “São duas ações: a busca dos destroços para investigação e a busca de corpos. Este mesmo navio que buscará peças e tentará achar a caixa-preta tentará também trazer os corpos”, disse o brigadeiro.

O Navio-Cabo partirá no dia 22 de abril de Dakar, Senegal, e deve demorar três dias para chegar ao local dos destroços, a 1.100 quilômetros de Recife (PE). Está será a Fase 5 das investigações da queda do avião. Serão utilizados robôs com grades para resgate dos materiais – o equipamento deve demorar três horas para chegar ao local onde estão os destroços. O coronel Luís Cláudio Lupoli, que participa das investigações no Brasil, embarcará nesta terça-feira para a França a fim de acompanhar os trabalhos em alto-mar.

“Os corpos serão resgatados se isso for possível”, avisou. Segundo o coronel, não é possível saber o atual estado dos corpos por causa da má qualidade da resolução das fotos tiradas. Além de tentar recuperar caixas-pretas e alguns materiais do avião, a Fase 5 da investigação também fará a leitura e a análise dos dados de voo e das comunicações dos tripulantes. “Eles estão otimistas”, disse Lupoli sobre os investigadores franceses.

Destroços – No início de abril, os investigadores que rastreiam os restos do avião da Air France localizaram corpos de vítimas e “uma grande parte” do aparelho. Na semana passada, o governo francês disse aos familiares que talvez não seria possível a retirada dos corpos, que se despedaçariam no trajeto. Nesta terça-feira, o BEA avisou ao Comando da Aeronáutica brasileiro que tentará resgatar os corpos.

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A tragédia matou 228 pessoas de 32 nacionalidades e, por enquanto, não foi totalmente explicada. A Fase 4 das buscas, finalizada no dia 12 de abril, respondia a uma reivindicação dos familiares das vítimas, que ressaltam que a localização dos restos é imprescindível para conhecer as causas do acidente.

Segundo os familiares, as três operações anteriores não foram feitas com o rigor necessário e terminaram sem sucesso – afinal, não acharam as caixas-pretas, elemento essencial para esclarecer as causas da tragédia. No conjunto de hipóteses levantadas para a causa do acidente estão falhas nos sensores de velocidade do ar. A Airbus, fabricante da aeronave, chegou a recomendar a troca da peça.

O Cenipa participa das investigações em parceria com o Escritório de Investigação e Análise (BEA) francês. Os centros mantêm contato diariamente sobre as buscas. O Comando da Aeronáutica lembrou que a função dos órgãos de investigação, tanto do Brasil, quanto da França, não é de apontar responsabilidade ou culpa, mas evitar novos acidentes. As investigações policiais é que devem apontar os culpados pela queda do avião.

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