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Goleiro apresentou menino Bruninho como seu filho

Em audiência em Minas Gerais, jogador cai em contradição ao relatar viagem do Rio a Minas Gerais, com Eliza Samudio e o bebê

Por Andréa Silva, de Contagem (MG)
11 nov 2010, 18h29

O goleiro Bruno Fernandes, que depõe desde as 10h desta quinta-feira no Fórum de Contagem, em Minas Gerais, afirmou à juíza Marixa Fabiane Rodrigues que chegou a apresentar o menino Bruninho como seu filho ao seu time de futebol. A apresentação teria ocorrido no período em que, segundo a polícia, Eliza foi mantida em cativeiro pelo jogador e seus amigos – acusados de envolvimento na morte da jovem.

“Nem tinha feito exame ainda mas tinha 99% de certeza de que ele é meu filho. Falta apenas o exame para confirmar”, disse o goleiro.

Bruno, que nega que Eliza tenha sido seqüestrada, apresenta uma versão diferente do que consta no inquérito sobre o crime e na denúncia do Ministério Público. Segundo ele, Eliza Samudio seguiu com ele para Minas Gerais porque queria receber 30 mil reais e não confiava que, como combinado, o dinheiro seria depositado em uma conta corrente.

O atleta confirmou a história apresentada pelo menor J., seu primo, de que a caminho do sítio em Esmeraldas o grupo dormiu em um motel em Contagem. Segundo o próprio Bruno, ele, a namorada, Fernanda, o amigo Macarrão, o menor J. e seu outro primo, Sérgio Rosa Sales, passaram a noite no estabelecimento – em dois quartos.

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Bruno deu sua versão para o desaparecimento de Eliza: segundo ele, no dia 10 de junho, quando, segundo a polícia, Eliza foi morta, a jovem teria viajado para São Paulo. Ela teria pedido ao goleiro para ficar com o menino Bruninho durante sete dias para resolver problemas pessoais.

Contradições – A versão apresentada pelo goleiro Bruno é bem contruída. Mas apresenta algumas contradições importantes. À juíza, ele afirmou que viajou sozinho com a namorada Fernanda, em um BMW X5, enquanto em outro carro, um Range Rover, seguiam Luiz Henrique Ferreira Romão (Macarrão), o menor J., Eliza Samudio e o menino Bruninho. Segundo ele, o BMW estava cheio de material esportivo e, por isso, só duas pessoas poderiam viajar no carro.

Em seguida, quando a juíza perguntou se eles haviam seqüestrado Eliza Samudio, o goleiro se complicou: “Como eu poderia seqüestrar alguém, se dei carona a um policial do Rio até Juiz de Fora?”, disse, dando uma nova versão para o grupo que o acompanhava na viagem.

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Propina – O goleiro afirmou também, durante a audiência, que ficou sabendo pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola – acusado pela polícia de ser o executor de Eliza -, que o delegado Ércio Quaresma teria cobrado 2 milhões de reais para livrá-lo da acusação. Segundo Bruno, a informação chegou até ele durante o banho de sol na penitenciária Nelson Hungria.

A oferta, disse o jogador, era para que a culpa fosse atribuída apenas a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o menor J., de 17 anos. Bruno disse ainda que o delegado teria mostrado a Bola uma foto de jornal em que aparece uma das filhas do jogador e a avó das meninas, como forma de ameaça. “Se algo acontecer a elas, a justiça foi feita”, teria dito o ex-policial, atribuindo a frase a Moreira.

Tortura – Apesar de ter orientado o cliente a não responder a perguntas da acusação, o advogado de Bruno, Ércio Quaresma, consentiu que o promotor Gustavo Fantini fizesse perguntas ao goleiro no fim da tarde. Fantini quis saber se Bruno havia sido torturado em algum momento. Bruno disse não ter sido agredito, mas que sabia de torturas a outros acusados.

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