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Gilberto Carvalho escolhe um culpado pelos protestos no país: a imprensa

Ministro critica "moralismo" e "antipolítica" e vê responsabilidade dos meios de comunicação em excessos nas manifestações dos últimos dias

Por Gabriel Castro, de Brasília
21 jun 2013, 15h30

Incapaz de estabelecer uma interlocução entre o governo federal e os movimentos sociais, muito menos de compreender os protestos que tomam as ruas do país, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) já achou um culpado para os atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações: a imprensa.

Na visão do ministro, o “moralismo” e o tom “despolitizado” dos meios de comunicação têm efeitos nocivos sobre os jovens que se reúnem para pedir o fim da corrupção e que rejeitam a presença de bandeiras partidárias nos protestos.

“A imprensa teve um papel no moralismo, no sentido despolitizado, um tipo de antipolítica, que leva a isso que está acontecendo. Aqueles que o tempo todo verbalizaram esse tipo de posição também têm responsabilidade por esse aspecto destrutivo que está aí, e não adianta vir, agora, celebrar essa manifestação e não se dar conta de que também eles são responsáveis por isso que está acontecendo”, declarou o ministro.

A afirmação foi feita em um encontro com organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto. A imprensa não teve acesso ao evento, mas o vídeo com a fala de Carvalho foi divulgado pela própria assessoria do ministro.

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O auxiliar de Dilma atacou o caráter apartidário dos manifestantes, e disse que a rejeição a essas instituições é um tipo de ditadura: “Não há democracia sem partido. Não há democracia sem uma forma de instituição. O sem partido, no fundo, é ditadura. Nós temos que ficar muito atentos a isso”.

Carvalho também reconheceu que o governo teme o impacto dos protestos sobre a Jornada Mundial da Juventude, que terá início daqui a um mês, no Rio de Janeiro, e deve reunir milhões de católicos. O papa Francisco vai comparecer ao evento.

“Temos uma série de complicações e preocupações. O que está acontecendo pode ter reflexo na jornada. Farei de tudo para que a jornada dê certo. Dilma está preocupada com isso”, afirmou o ministro.

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A presidente Dilma Rousseff, que comandou uma reunião com ministros para avaliar o cenário nesta sexta-feira, ainda não se pronunciou sobre os protestos desta quinta-feira. Em Brasília, os manifestantes depredaram parte do Palácio do Itamaraty, destruíram pontos de ônibus e radares eletrônicos e puseram fogo em bandeiras hasteadas em frente ao Congresso Nacional.

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