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Francisco enxuga comitiva que vai embarcar para o Brasil

Pontífice limita viagem aos diretamente ligados à Jornada Mundial. Recepção ao papa montada pelo governo do Rio, no entanto, vai custar 850 mil reais

Por Adriana Dias Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 jul 2013, 05h56

A composição do séquito que acompanhará o papa Francisco na viagem ao Brasil, para a Jornada Mundial da Juventude, retrata o estilo simples do pontífice. O alto escalão papal será formado por um número de prelados reduzido, que representa apenas a metade do staff de João Paulo II e tem 20% menos integrantes que o de Bento XVI em suas visitas ao Brasil. A seleção dos nomes foi determinada de forma protocolar, sem a interferência direta do papa. Houve, no entanto, respeito ao estilo de Francisco na opção por uma comitiva mais enxuta.

Apesar de o planejamento da jornada ser anterior à escolha de Jorge Mario Bergoglio para o posto mais alto do Vaticano, o novo papa pediu que fosse dada preferência somente aos nomes que pertencessem a órgãos da Santa Sé e que estivessem de alguma maneira ligados ao evento brasileiro. Ficaram, portanto, os cardeais Tarcisio Bertone, secretário de Estado; Marc Oullet, presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina; Stanislaw Rylko, presidente do Pontifício Conselho para os Leigos; e João de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica – único cardeal brasileiro atualmente a morar no Vaticano.

Virão ao Brasil também o monsenhor Angelo Becciu, membro da Secretaria de Estado, e o sacerdote maltês Alfred Xuereb, secretário particular do papa. No Brasil, o cardeal Raymundo Damasceno, presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, também integrarão a comissão papal.

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Recepção – A opção de Francisco pela simplicidade não se reflete na parte brasileira do planejamento da Jornada Mundial da Juventude. O primeiro compromisso do papa no Rio de Janeiro, na noite da próxima segunda-feira, é uma recepção no Palácio Guanabara orçada em 850 mil reais, de acordo com oo governo do estado do Rio. Estarão presentes a presidente Dilma Rousseff, ministros, autoridades locais e os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor e o presidente do Senado, Renan Calheiros.

Segurança – O evento será também o primeiro teste da segurança da JMJ. Como mostrou reportagem do site de VEJA, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão do Exército ligado à Presidência da República, decidiu isolar o Guanabara, com bloqueios em ruas próximas para impedir a aproximação de manifestantes. O local foi cenário de três embates violentos entre manifestantes mascarados e policiais militares, com destruição da fachada e invasão de uma clínica particular. No compromisso de segunda-feira, como em todos os locais onde o papa estará com a presidente Dilma Rousseff, a segurança ficará a cargo do Exército.

O planejamento de segurança é o X da questão para a visita de Francisco. Depois de uma série de indefinições, ficou a cargo do Exército toda a segurança interna do Campus Fidei, a gigantesca fazenda onde será realizada a vigília e a missa de encerramento da jornada, celebrada pelo papa. Os militares pretendem barrar a entrada de manifestantes mascarados e vetar a entrada de cartazes. Quem tentar levantar palavras de ordem, como tem ocorrido nos ajuntamentos do último mês, será detido.

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Imprensa internacional – A tensão que antecede a chegada o papa ao Rio de Janeiro é praticamente ignorada em Roma e no resto da Europa. Afora a imprensa católica, como o jornal Avvenire e a Radio Vaticana, pouco se tem falado sobre a 28ª Jornada Mundial da Juventude em Roma. Quando há notícias, elas são técnicas – ou giram em torno da programação do papa no Brasil ou das atitudes simples que serão adotadas por Francisco, como a escolha de um quarto mais singelo no Rio de Janeiro.

São raras as discussões e os aprofundamentos sobre os significados de sua primeira visita internacional. A última capa da revista semanal L´Espresso deteve-se em aprofundar os escândalos do “lobby gay”, para se ter ideia. Para os italianos, na verdade, a JMJ não é o grande feito católico de Francisco. Mas, sim, a grande reforma na Cúria Romana, prevista para ocorrer a partir dos primeiros dias de outubro.

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