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Fernando Bezerra e filho negam favorecimento

Ministro da Integração liberou emendas de 9 milhões de reais para filho, que é deputado; verbas foram para estatal comandada pelo irmão do ministro

Por Da Redação
7 jan 2012, 12h57

O Ministério da Integração Nacional, comandando por Fernando Bezerra, e o deputado federal Fernando Coelho Filho (PSB-PE), filho de Bezerra, negaram, em notas divulgadas neste sábado, favorecimento do deputado na liberação de emendas da pasta.

Reportagem publicada na edição deste sábado do jornal Folha de S. Paulo, informa que Coelho foi o deputado que teve o maior valor de recursos liberados em 2011 pelo ministério. Ele teve liberados R$ 9,1 milhões em emendas, o total apresentado ao Orçamento 2011. A Folha fez um levantamento com base no sistema Siga Brasil, mantido pelo Senado e que acompanha diariamente a execução orçamentária do governo federal.

O ministério afirma que outros 43 parlamentares tiveram emendas “empenhadas em percentual e valor equivalente”. “O Ministério da Integração Nacional zela pela correta distribuição de emendas parlamentares utilizando critérios em consonância com as atribuições finalísticas do ministério”, informa a nota.

Já o deputado Coelho Filho afirmou, também em nota, que apresenta emendas ao orçamento da Integração Nacional desde o exercício de 2009 “antes, portanto, da entrada do pai no ministério”, o que ocorreu em janeiro de 2011 e que, nas gestões anteriores, teve melhor execução de emendas.

Redutos – Segundo a reportagem, Coelho foi o único parlamentar que teve todo o dinheiro pedido empenhado (reservado no Orçamento para gasto) pelo ministério. A verba irá para ações da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), estatal presidida interinamente pelo irmão de Bezerra, Clementino Coelho. As emendas de 2011 ainda não foram aplicadas, mas as de 2010, também direcionadas à estatal, beneficiaram redutos eleitorais do deputado.

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A Codevasf usou 1,3 milhão de reais das emendas do filho de Bezerra para contratar a empresa Hidrosondas, em Petrolina, para furar poços em 92 locais de Pernambuco. O contrato foi assinado pelo superintendente da estatal em Petrolina, Luís Eduardo Frota, indicado pela família do ministro.

Os sítios beneficiados ficam em municípios em que Coelho recebeu quase metade dos seus votos na eleição para a Câmara em 2010.

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Crise – Bezerra ficou na berlinda na última semana após virem à tona acusações de uso político de verbas de prevenção a enchentes. Embora não esteja na lista de regiões com maior risco de inundações, o estado de Pernambuco, berço eleitoral do ministro, recebeu 90% da verba antienchente da pasta.

O caso provocou uma crise entre PT e PSB, partido do ministro. De olho nas eleições deste ano, a presidente Dilma Rousseff atuou para esfriar os ânimos e mandou caciques petistas, que desferiram ataques a Bezerra, saírem em defesa do ministro.

Na última sexta-feira, houve rumores na internet de que Bezerra deixaria a pasta. O ministro negou pelo Twitter. Na segunda, ele deve se reunir com a presidente Dilma. Na terça, pode ir ao Congresso para se explicar. O pedido foi feito pelo PPS.

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