Empresa de ônibus que caiu de viaduto é multada

A Secretaria de Transportes da Prefeitura do Rio de Janeiro multou o consórcio Internorte e sua consorciada Paranapuam em 117 883,55 reais por infrações ao código disciplinar do órgão e ao contrato de concessão. Desse valor, 106 371,55 reais correspondem a irregularidades com a frota de ônibus e 11 512 reais por atraso na vistoria do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RJ).

O ônibus da linha 238, da Paranapuam, que caiu de um viaduto sobre a Avenida Brasil no último dia 2, estava com a vistoria anual obrigatória do Detran-RJ vencida desde 2011. O coletivo também acumulava 47 multas desde 2008, que somam 4 400 reais, segundo a página da secretaria na internet. A última infração havia sido registrada em 19 de março, às 14h03, por transitar na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, acima da velocidade permitida. Após o acidente da última semana, no qual morreram sete pessoas, fiscais da secretaria apreenderam dez ônibus da Paranapuam por irregularidades diversas relativas à documentação e à conservação dos veículos.

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A secretaria determinou ainda que a Paranapuam regularize a documentação de sua frota junto ao Detran-RJ num prazo de trinta dias. Caso a determinação não seja cumprida, a prefeitura aplicará as sanções contratuais cabíveis, que poderão resultar na cassação da permissão da empresa para operar no sistema municipal de ônibus.

Prisão – O delegado José Pedro Costa, da 21ª Delegacia de Polícia (Bonsucesso), pediu na quarta-feira à Justiça a prisão preventiva de André Luís Souza Oliveira, de 33 anos, motorista do ônibus envolvido no acidente, e do universitário Rodrigo dos Santos Freire, de 25, que agrediu o condutor com chutes. Os dois foram indiciados por homicídio com dolo eventual, isto é, por terem assumido o risco de matar ao discutirem e brigarem com o ônibus em movimento.

O motorista, que estava no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, Zona Norte do Rio, recebeu alta médica na terça-feira. Já Freire continua internado no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, Zona Sul.

(Com Estadão Conteúdo)