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Em programa, PT fala em expulsar corruptos. E prega o contrário do que faz

Programa do partido que vai ao ar nesta noite coloca a sigla de volta ao discurso de palanque – agora, sem Dilma

Por Da Redação
5 Maio 2015, 12h53

O PT liberou nesta terça-feira nas redes sociais o programa do partido que vai ao ar nesta noite em rede nacional de televisão. Sem a participação da presidente Dilma Rousseff, que se recusou a gravar uma mensagem, o programa se apoia em discursos do ex-presidente Lula e do presidente nacional da sigla, Rui Falcão, para atacar os inimigos de sempre – com destaque para a imprensa livre – e utilizar-se de argumentos de palanque para afirmar que o PT “ajudou a reescrever a história do Brasil”. Ignorando que tenha fornecido boa parte desses criminosos, o partido afirma que o PT colocou “mais gente importante na cadeia por corrupção do que nos outros governos”. E, embora a sigla tenha tratado mensaleiros condenados como “heróis do povo brasileiro”, Falcão afirmou que o partido vai expulsar da legenda qualquer petista que tenha cometido malfeitos e for condenado pela Justiça.

Apoiado no discurso de Lula, o partido se colocou contra o projeto que regulamenta a terceirização no país, aprovado pela Câmara dos Deputados. “O país não pode retornar ao que era no começo do século passado. O PT está ao lado do trabalhador e contra a terceirização”, afirmou o ex-presidente.

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Repetindo o discurso de campanha, o partido culpou a crise mundial pelo grave quadro econômico que o Brasil hoje atravessa – e disse que luta contra o arrocho salarial, a inflação altíssima e o desemprego que afirma terem caracterizado governos anteriores. Em março, a taxa de desemprego no país ficou em 6,2%, a maior desde maio de 2011. Em um ano, o número de desempregados cresceu 23,1%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 1,32% em março, atingindo o maior nível desde fevereiro de 2003. No acumulado de doze meses, a inflação está em 8,13%, bem distante do teto da meta do Banco Central, de 6,5%.

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O partido ainda se colocou contra a redução dos direitos dos trabalhadores e afirmou que, nas negociações sobre o pacote de arrocho do governo que endurece a concessão de benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e o abono salarial, defende que as medidas não afetem os mais pobres. Parte do pacote de ajuste desenhado pelo ministro Joaquim Levy deve ser votada nesta terça-feira. O partido defendeu que se passe a taxar as grandes fortunas e grandes heranças.

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Ao tratar do tema corrupção, o PT tomou para si os méritos do trabalho de instituições e órgãos de Estado, como a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal. Afirmou que antes do partido não havia Leia da Ficha Limpa e que o MP e a PF não possuíam autonomia para que a corrupção fosse investigada. Voltou também a demonizar o financiamento privado de campanha, apontado pela sigla como grande causa da corrupção no país. Defendeu o fim do financiamento empresarial e conclamou outros partidos a “seguirem seu exemplo” – em sua campanha à reeleição, a presidente Dilma Rousseff recebeu 294 milhões de reais de empresas.

O presidente da sigla encerra afirmando que o partido não é conivente com a corrupção. “Qualquer petista que cometer mal feito e ilegalidades não continuará nos quadros do partido”, diz Falcão. Não foi feita menção direta ao escândalo do petrolão. Em nenhum momento a presidente Dilma foi citada ou mostrada.

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(Da redação)

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