Dilma em tons de vermelho

A presidente-candidata Dilma Rousseff nunca cometeu grandes gafes estilísticas. Mas, pelo menos no início da corrida eleitoral, também não tem se destacado pela varidade de figurino. Na segunda-feira, ela visitou um posto de saúde em Guarulhos (SP) usando um blazer vermelho. Na terça, em vistoria às obras da usina paraense de Belo Monte, apareceu com uma peça muito parecida. Na quarta, em sabatina na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CN), o que mudou foi a gola, em preto, e os botões – o tailleur foi o mesmo. Nesta quinta, em um evento no Palácio do Planalto, o terninho aparentemente era idêntico ao de segunda-feira.

Também não variaram o colar, o relógio e a pulseira com o chamado “olho grego” – considerado uma arma contra o mau olhado.

A monotonia do vestuário seria uma tentativa de emular a discrição da chanceler alemã Angela Merkel, que usa há 18 anos anos a mesma túnica? A assessoria da campanha à reeleição diz que a presidente usou roupas parecidas simplesmente porque gosta do estilo e da cor vermelha – coincidentemente, a mesma do PT.

O mais provável é que Dilma queira reforçar sua cor oficial de campanha em um momento no qual cada ato é registrado pelas câmeras de TV – inclusive as da equipe que produz a sua propaganda eleitoral.