Deslizamento eleva para 18 número de mortes em MG
Estado contabiliza 26 cidades em estado de emergência. Mais de 4.000 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas
Subiu para dezoito o número de mortos em Minas Gerais em razão das chuvas. Boletim divulgado nesta quinta-feira pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) informa que um deslizamento de terra matou Maria Conceição Aparecida do Nascimento, de 56 anos, que estava em casa no momento em que a residência foi atingida pelo desabamento de uma encosta em Juiz de Fora. Na casa estava também Maria Helena Marta, de 50 anos, que foi resgatada com vida e levada a um hospital da cidade. O corpo de Maria Conceição foi encontrado por volta das 0h30 desta quinta.
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Até o momento, 26 cidades mineiras decretaram estado de emergência em decorrência das chuvas intensas que vêm causando alagamentos, inundações e deslizamentos de terra. Cinquenta e três registraram ocorrências em razão das chuvas, totalizando 79 cidades mineiras afetadas pelas chuvas. O número de habitantes desalojados já chega a 3.410 e o número de desabrigados é 744.
O município de Sardoá registra até agora o maior número de mortos. Cinco pessoas da mesma família morreram soterradas após escorregamento de um talude (terreno inclinado que tem como função garantir a estabilidade de aterro). Na quarta-feira, foi resgatado o corpo de Leandro de Souza Batista, de 7 anos, que estava desaparecido. O garoto morreu soterrado em decorrência do escorregamento de uma encosta. Sardoá fica localizada na região do Rio Doce, próxima aos municípios de Coroaci e Governador Valadares, a 326 quilômetros de Belo Horizonte.
As mortes em Minas começaram em outubro quando um homem de 22 anos foi atingido por raio quando trabalhava em uma área rural em Astolfo Dutra, na Zona da Mata. Na segunda-feira, um homem morreu, em Belo Horizonte, depois de ter o carro submerso pela enxurrada. No domingo duas crianças, uma de 3 e outra de 11 anos, também morreram soterradas, em Governador Valadares.
O leste de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo, regiões cortadas pelo Rio Doce, são as principais áreas afetadas. Não chovia tanto na região desde 1979. Os municípios do Rio de Janeiro que fazem divisa com o Estado capixaba entraram em estado de alerta máximo e já têm famílias desalojadas e desabrigadas.